O BNDES aprovou dois financiamentos para produção de biogás no interior de Goiás e no Paraná. Serão concedidos créditos de R$ 13,3 milhões à Albioma Codora Energia, em Goiás, e de R$ 10,1 milhões para a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), do Paraná. O apoio do BNDES, cerca de 98% do total, se dará com financiamento de recursos do Fundo Clima, subprograma Energias Renováveis, que conta com condições facilitadas para a implementação de projetos do gênero. Com esse projeto, o BNDES reafirma sua aposta no segmento que, além de ampliar a oferta de energia proveniente de fontes alternativas, evita o descarte de material poluente na natureza e reduz a emissão de gases causadores do efeito estufa.

A operação com a Albioma Codora Energia viabilizará a implantação de uma linha de produção de biogás a partir da vinhaça (resíduo da cana) em Goianésia (GO). O empréstimo à Copacol possibilitará a construção de uma usina termelétrica a biogás a partir de resíduos gerados com a criação de suínos, em uma unidade da companhia na cidade de Jesuítas (PR). As operações se somam ao recente apoio do BNDES à Geo Elétrica Tamboara, também no Paraná, que ocorreu no mesmo modelo.

Segundo o BNDES, o investimento da Albioma ampliará a produção de biogás da usina em 8,7%, chegando a 195 GWh. Cerca de 17 GWh poderão ser distribuídos para o sistema interligado de energia, incrementando a segurança energética nacional. Parte da energia poderá ser direcionada à usina Jalles Machado, que fornecerá a matéria-prima. Já no Paraná, a Copacol gerará energia para utilização em suas instalações, além de dar uma destinação útil aos resíduos altamente poluentes, reduzindo custos com consumo de energia elétrica e diminuindo o impacto ambiental da unidade. A iniciativa também terá como efeito indireto a mitigação da pressão sobre a rede elétrica nacional, já que diminuirá a demanda externa da unidade.