Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Com a reestruturação da área de comercialização, a Eneva aposta na interiorização do gás natural para fechar contratos em 2021. A empresa, que possui reservas nos estados do Maranhão e Amazonas, vai buscar potenciais clientes que não estejam conectados a gasodutos e usem diesel ou óleo combustível para os seus processos e usinas, fazendo a conversão para gás natural. Clientes conectados a gasodutos também estão no radar da Eneva. De acordo com Camila Schoti, gerente-geral de comercialização da Eneva, a interiorização traz novas oportunidades não só para a comercializadora, mas também para esses clientes.

Ela dá como exemplo que ao optar pela substituição do diesel em um sistema isolado, o cliente tem além do impacto econômico por usar um combustível competitivo, os impactos ambiental e social, já que ele reduz a suas emissões e ainda compra um insumo produzido no Brasil, gerando empregos locais. “Gostamos muito dessa alternativa de interiorização do gás porque a gente observa nela um ganha-ganha de várias dimensões. Dá para destravar valor para todo que estão envolvidos nele”, afirma.

Ainda segundo ela, a substituição de óleo por gás já não se trata apenas de uma decisão estratégica de descarbonização ou ESG. Em muitos casos a conta já fecha e o insumo já é mais competitivo que o diesel, alcançando as duas vantagens. “Somos competitivos em muitas análises de clientes. Conseguimos competir, entregar um gás natural que é mais competitivo que o óleo diesel”, salienta.

Com um modelo pré-operacional considerado inovador, a logística é considerada um dos diferenciais da Eneva na comercialização do gás. O gás é liquefeito na boca do poço e inserido em uma carreta. Isso possibilita o transporte via caminhão ou balsa e chegar até o cliente final, que vai contar com um planta de regaseificação dedicada. Esse modelo permite negociações que não envolvam gasodutos.

Os outros diferenciais que a gerente aposta são o fato de já ter o insumo para entregar ao cliente e a localização da produção, uma vez que o gás da camada pré-sal, no curto e médio prazo deverá ficar restrito às regiões perto do litoral, enquanto o da Eneva já está no interior. “Como a nossa produção já está no interior, a gente consegue atingir esses clientes que outros produtores não vão conseguir chegar”, observa.

Em vários estágios de negociações, a comercializadora ainda não fechou contratos. Apesar de ser um mercado inicial com desafios naturais, Schoti já vê apetite e disposição dos clientes. “Estamos bastante empenhados e confiantes que 2021 pode ser o ano em que a gente  consegue inaugurar esse novo mercado de gás”, avisa.