A privatização da CEEE-D, que deverá ser realizada nos próximos meses, não deverá estar no radar da Neoenergia. Em teleconferência com analistas de mercado realizada nesta quarta-feira, 10 de fevereiro, o presidente da empresa, Mario Ruiz Tagle, revelou que o ano de 2021 será um ano de entregas para a empresa, já que no fim de 2020 foi feito um esforço de investimentos importantes em transmissão, geração renovável e na privatização da CEB (DF), que deverá culminar com a manutenção da preservação e da rentabilidade dos ativos. “Não está previsto participar do leilão da CEEE ou de outra que possa vir à venda em 2021. Queremos entregar o que temos prometido” afirma. Tagle prevê investimentos totais de R$ 10 bilhões no ano.
A Neoenergia adquiriu a CEB no fim de 2020 por R$ 2,5 bilhões em uma intensa disputa com a CPFL Energia. Tagle classificou a distribuidora como ‘Premium’, na comparação com o que havia disponível no mercado anos últimos anos. Segundo ele, a integração da CEB com o grupo deverá ser feita por um equipe experiente, que já atuou na integração da Elektro (SP) com o grupo em 2017.”É um ativo importante, mas é fundamental fazer uma integração rápida”, avalia.
Acerca da consulta pública aberta pela Agência Nacional de Energia Elétrica sobre a devolução de créditos tributários ao consumidor, Mario Ruiz Tagle reconheceu a reunião como ‘histórica’ e reconhece que a proposta da Aneel reflete a realidade, com o consumidor sendo o grande beneficiado ao final. Porém, ele pondera que a empresa fará contribuições à CP. Já sobre a revisão tarifária da Celpe, a copresidente Solange Ribeiro revelou que o processo está em linha com as expectativas da Neoenergia.