O Brasil acaba de atingir a marca de 400 mil conexões de sistemas de geração distribuída e quase 5 GW de potência instalada. Para o presidente da ABGD, Carlos Evangelista, a marca deixa claro que os consumidores estão cada vez conscientes, em busca de novas alternativas para a redução de custos e atentos aos princípios da sustentabilidade. De acordo com ele, o perfil dos consumidores no Brasil tem mudado, o que quer dizer que a procura por alternativas energéticas tem sido discutida por muitos e colocada em prática com consciência.

Segundo Evangelista, ainda há alguns mitos sobre a GD que precisa ser esclarecidos. Ele conta que um deles é de que ela só pode ser feita por grandes empresários ou consumidores com maior poder aquisitivo. Há projetos de todos os tamanhos, com custos menores ou maiores e com fontes diversificadas.

A geração distribuída é considerada um caminho para a recuperação econômica do país após os impactos da pandemia da covid-19. Além de gerar economia aos consumidores, ela também potencializa o aproveitamento dos recursos locais e estimula a economia, gera empregos qualificados e contribui para o desenvolvimento sustentável do País. A projeção de crescimento da modalidade para este ano é superior a 50%, segundo a ABGD: o segmento de GD deve encerrar 2021 com potência instalada superior a 7GW.

Atualmente, contamos com mais de 510 mil “prosumidores”, pessoas e empresas de todas as classes sociais e perfis de consumo, que contribuem para o desenvolvimento do mercado e para a diversificação da matriz elétrica brasileira e, consequentemente, colaboram para a redução de incidência das bandeiras tarifárias. Quanto mais energia proveniente de GD é injetada na rede, em tese, menos água dos reservatórios precisa ser utilizada para abastecer o sistema elétrico.