O Conselho Nacional de Política Energética aprovou em reunião extraordinária a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de estabelecer diretrizes para harmonizar as atividades de segurança cibernética do setor de energia elétrica. Ele será formado por representantes de órgãos públicos e instituições do setor, com a colaboração de especialistas da sociedade civil, e terá 60 dias, prorrogáveis por igual período, para apresentar relatório com as conclusões.

Segundo nota do Ministério de Minas e Energia, o GT vai analisar as experiências de entidades públicas e empresas do setor elétrico e discutir os aspectos de prevenção, tratamento, resposta a incidentes e resiliência sistêmica.

Os ataques virtuais já vinham acontecendo com maior frequência em razão da digitalização do serviço de energia elétrica, mas se intensificaram durante a pandemia no ano passado, quando instituições e empresas adotaram o trabalho remoto. Foram vítimas de ciberataques, por exemplo, distribuidoras como Light, Energisa e Copel, a Empresa de Pesquisa Energética e a Eletronuclear, esta última na semana passada.

O grupo será coordenado pelo MME e terá entre seus integrantes representantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), do Operador Nacional do Sistema Elétrico, da Agência Nacional de Energia Elétrica, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e da EPE.

Óleo e gás

Na reunião realizada na última quarta-feira, 10 de fevereiro, também foi apresentado o relatório do grupo de trabalho que elaborou um diagnóstico dos sistemas de segurança, proteção e monitoramento dos ativos de exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos.

O grupo foi integrado pelo MME e ministérios das Relações Exteriores e da Ciência e Tecnologia, além do GSI, da Marinha, da Força Aérea e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.