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Com os empreendimentos de transmissão na pauta, foi realizada nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, a primeira reunião do ano do Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul. Nos últimos leilões de transmissão do anos de 2018, 2019 e 2020, o estado teve nove lotes arrematados. Os projetos reúnem R$ 7,2 bilhões em investimentos, somam 3.200 quilômetros de extensão e 8,8 MVA de capacidade. O encontro teve a presença de representantes da EPE, Aneel e ONS. Na reunião do Copergs, o diretor do Departamento de Energia da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, Eberson Silveira, ressaltou a importância do estado estar alinhado a órgãos nacionais de planejamento do setor . “É muito importante andar junto, os interesses são comuns”, afirma.
O empreendimento mais recente, o lote 1 do leilão de dezembro de 2019, com 169 km de LTs e uma SE, foi arrematado pela Cteep. O investimentos chegam a R$ 681 milhões e o prazo contratual para operação é março de 2025, mas a meta da empresa é novembro de 2022. O empreendimento visa atender a demanda da Serra Gaúcha.
O traçado foi elaborado visando reduzir impactos ambientais e envolve empreendimentos de outras transmissoras. De acordo com o Ferdinando Vale, gerente do projeto da Cteep, já foram negociadas as indenizações de 40% das propriedades do traçado das LTs, assim como a compra do terreno da SE Caxias -Norte. A licença prévia e de instalação única para a SE já foi emitida pela Fepam. As obras da SE devem começar no fim de fevereiro e o projeto executivo está com 55% de avanço. As licenças de instalação e prévia da LT ainda não foram obtidas.
Como ponto de atenção, a transmissora elege a emissão da licença de instalação da LT, a aprovação dos projetos executivos pelas outras transmissora envolvidas e do projeto básico pelo ONS. Pela grande quantidade de seccionamentos, a conciliação dos desligamentos e serviços de troca de proteção das SEs das pontas envolvidas também foram ressaltadas pela Cteep.
O lote 10 do leilão de dezembro de 2018, arrematado pelo consórcio Chimarrão, deverá ser energizado este ano, quase dois anos antes do previsto em contrato. O lote era o maior em termos de extensão no certame. Segundo o gerente do projeto, Nelson Gravino, o projeto vai possibilitar a integração dos geradores do sul de qualquer fonte e escoar a energia no litoral como reforço. O projeto elimina a necessidade de restrição do escoamento de geração. A construção já alcançou 80% do projeto.
A CPFL implanta o lote 11. As subestações e LTs já possuem as licenças de instalação. As obras da SE Vila Maria estão com 75% de avanço físico, na fase da montagem eletromecânica e elétrica. O conjunto das SEs Porto Alegre 1 e Jardim Botânico está com 61% de progresso, enquanto a SE Osório 3 registra 21% de avanço nas obras. Nas LTs, a Porto Alegre 1 – Porto Alegre 8 está em fase de finalização de emendas e a LT Porto Alegre1 – Jardim Botânico está pronta para os lançamentos dos cabos de energia. A LT Osório 3 – Gravataí 3 prevê o início das fundações para 22 de fevereiro.
A estimativa é que Porto Alegre entre em operação em 22 de março deste ano, Osório 3 em 8 de fevereiro e Vila Maria. Em função do cenário econômico, com desequilíbrio econômico-financeiro, as datas podem mudar, mas ainda assim estão adiantadas com o prazo contratual, que é março de 2023.
Na reunião, foram criados ainda subcomitês de energia renováveis e de infraestrutura de transmissão. Os subcomitês vão avaliar o mercado de renováveis no estado, monitorar projetos viabilizados em leilões de LTs e elaborar o mapeamento de potenciais energéticos.