A Engie está avaliando participar da privatização dos ativos da CEEE-GT. Em teleconferência realizada nesta sexta-feira, 12 de fevereiro, o presidente da Engie, Eduardo Sattamini, revelou que a ida ao leilão vai depender do modelo adotado. “Estamos olhando o processo, mas vai depender da formatação e do momento”, afirmou.

O executivo também falou aos analistas de mercado que o processo da venda dos seus ativos a carvão segue em busca de uma conclusão. A expectativa é ter um compromisso de venda da UTE Pampa Sul (RS – 345 MW) ou a venda fechada este ano ou no máximo até 2022. O executivo disse que ela teve problemas na finalização da obra, em especial os pequenos equipamentos auxiliares da operação, como válvulas e sensores, que precisaram ser substituídos. Isso fez com que a UTE tivesse uma baixa disponibilidade no começo da operação. Com a troca, desde o fim do ano passado, a disponibilidade já vem aumentando e a normalização vem se aproximando. A partir daí, os compradores já se sentirão confortáveis para prosseguir com as negociações.

O complexo térmico de Jorge Lacerda (SC – 857 MW), que no ano passado chegou a ter a descontinuidade anunciada pela empresa, também busca uma saída. Após forte clamor da sociedade catarinense, a Engie tenta um equacionamento dos problemas observados por interessados que possibilite a venda. Caso não haja sucesso na busca por uma solução, o fechamento previsto para 2025 prossegue.

A saída da geração a carvão foi uma decisão da matriz do grupo, que optou apenas pela geração de energias renováveis. Desde então, a Engie vem tentando vender os seus ativos dessa fonte no país.

Quanto a expansão da geração, Sattamini garantiu que a empresa só a fará com cobertura contratual, de modo que haja segurança no investimento e garantia de retorno. Ele cita um possível aumento de oferta renovável por conta da contagem regressiva para o fim dos descontos a esse tipo de usinas.