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O segmento de geração distribuída na modalidade solar fotovoltaica vem crescendo a passos largos. Inclusive, recentemente o país ultrapassou a marca de 500 mil unidades consumidoras que utilizam a fonte. A perspectiva é de que em 2021 o setor possa movimentar cerca de R$ 25 bilhões. Além de negócios que estão diretamente relacionados, como empresas integradoras, outros negócios passam a surgir para atender esse microambiente de negócios. Um deles é o segmento financeiro, a fintech Edmond está próxima de lançar um banco digital como parte de uma plataforma integrada ao setor.
O Edmond Bank deverá ser lançado oficialmente em meados de março e tem como meta atender a um grupo de mais de 15 mil integradores que atuam com a geração distribuída. A plataforma é formada pelo Edmond Pay, pelo banco digital e o App Solar, uma plataforma white label (que permite às empresas incluírem sua marca) para a comercialização de equipamentos fotovoltaicos que auxilia integradores e instaladores a formular projetos e gerar os kits de produtos que mais se adequam às necessidades do consumidor final que eles atendem.
De acordo com o CEO da companhia, Jackson Chirollo, o investimento feito na fintech é de R$ 40 milhões por envolver estoque de equipamentos na Golden Distribuidora, sócia no empreendimento, e outros R$ 4 milhões em tecnologia para colocar toda a infraestrutura funcional.
Esse horizonte, lembra Chirollo, deve-se ao fato de que as perspectivas de expansão e de crescimento do segmento de GD solar são positivas. “São as pequenas empresas que movimentam a GD, são empresas de 4 a 10 pessoas”, comenta o executivo. “O grande volume está no interior do país e as pessoas preferem negociar com dinheiro vivo”, destaca ele.
Por isso, o investimento na plataforma digital deixa o CEO otimista com o crescimento. Com os dois outros pilares as pessoas e empresas poderão encontrar um ecossistema integrado. Ele explica que quem utilizar o banco digital poderá concentrar os pagamentos e os recebimentos dos projetos numa conta sem taxa de manutenção. Os usuários também receberão um cartão bandeirado e contact less capaz de realizar saques em lotéricas, ATMs ou em redes de varejo, efetuar recargas de celular.
O CEO diz que a GD na fonte solar deverá movimentar entre R$ 24 a R$ 25 bilhões em 2021. Desse valor, a maior parte deve-se aos equipamentos. Contudo, de 20% a 30% referem-se a diversas formas de serviços que não são alcançados por financiamentos de longo prazo com instituições financeiras, um montante que pode chegar a R$ 6 bilhões.
O projeto nasceu entre o final de abril e maio do ano passado. E um número que Chirollo aponta como bom seria o de chegar a janeiro de 2022 com algo entre 5 a 6 mil cadastrados. Uma importante parcela do público alvo está espalhada pelo interior do país.
O AppSolar é o mais recente pilar dessa tríade, entrou em operação me janeiro e registra uma movimentação na casa de R$ 70 milhões. A ferramenta já está com cerca de 1.200 usuários cadastrados. A expectativa é de que ao total, a plataforma possa movimentar R$ 1 bilhão em cerca de 18 meses.
Funcionalidades
A tecnologia com a qual a plataforma foi desenvolvida promete gerar as informações do sistema fotovoltaico em apenas um segundo. De acordo com o executivo, basta informar a potência ou o consumo energético em kWh. Ela também apresenta a comparação entre marcas e combinações quanto à produção energética, eficiência e retorno do investimento, para uma melhor tomada de decisão do usuário.
Outras funcionalidades incluem a realização e a comparação de orçamentos, e a emissão de propostas personalizadas. Além disso, é possível acompanhar os pedidos realizados em tempo real desde sua produção e faturamento, até a entrega.
Um outro passo que Chirollo destaca é a de oferecer seguro aos projetos em diferentes estágios, um produto, que segundo o CEO, nem sempre está disponível ou fácil de ser encontrado. Ele ainda aponta a possibilidade de detalhamento sobre a taxa de retorno do projeto, entre outras características.
O Edmond pay e o banco digital serão as duas outras apostas da fintech para atuar como plataforma integrada na vida financeira dessas empresas. Envolve pagamento e movimentação de valores, inclusive com o oferecimento de uma máquina de pagamento para as integradoras. Como passo seguinte, mas esse para meados do ano, a possibilidade de oferecer empréstimos e financiamentos por meio de fundos específicos para esse objetivo. “Temos conversas ativas mas é mais para a metade de 2021”, finaliza.