A EDP Brasil irá aguardar todo o processo estabelecido pela lei 14.052 para manifestar a sua adesão ao acordo do GSF. Os valores estão calculados em ganhos de R$ 388 milhões no Ebitda de 2020, decorrente do cálculo para a extensão de cinco concessões que são alcançadas com a legislação. Contudo, descarta antecipar os valores em aberto que estão em pouco mais de R$ 300 milhões.
São cinco as UHEs em que a EDP tem participação e que terão a concessão estendida, Mascarenhas (MG, 198 MW), UHE Peixe Angical (TO, 498,75 MW), UHE Lajeado (TO, 902,5 MW), São Manoel (MT, 700 MW) e Santo Antônio do Jari (AP/PA, 392,95 MW).
Segundo o diretor vice presidente de Finanças da companhia, Henrique Freire, a decisão foi tomada e, por isso, a empresa coloca o valor em seu balanço. Ele comentou que assim como outras empresas também o fizeram, o valor está contabilizado. E que os valores a pagar já estão provisionados.
“Vamos aguardar o tempo do ritual normal. Quando tomamos a decisão não poderíamos não registrar esses ativos, segundo as regras da contabilidade”, explicou. “O pagamento é provisionado e, confesso, que está no meu orçamento há anos”, disse o executivo a jornalistas em coletiva para detalhar os resultados da companhia.
Miguel Setas, que deixou o cargo de CEO da EDP Brasil na última sexta-feira, 19 de fevereiro, reforçou que esse valor é um dos itens que reforçaram o Ebitda da companhia no ano de 2020.
A AES Brasil anunciou o pagamento de sua parcela de débitos junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica na contabilização financeira do mercado de curto prazo referente a novembro, o que reduziu o valor represado em R$ 2 bilhões. No mês seguinte, reportado pela câmara na primeira semana de fevereiro, foi a vez da CTG Brasil. Em dois meses os valores em aberto caíram de R$ 10,5 bilhões para os atuais R$ 6,77 bilhões.