O consumo e a geração de energia elétrica na primeira quinzena de fevereiro de 2021 se mantiveram praticamente estáveis, com um leve aumento de 0,1% em comparação ao mesmo período de 2020. Os dados preliminares foram divulgados nesta terça-feira, 23 de fevereiro, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e consideram o montante importado de 1.045,34 MW médios.

O Ambiente de Contratação Livre registrou crescimento de 6,3%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulada caiu 2,7% em relação ao mesmo período de 2020. De acordo com análise da câmara, os resultados foram impulsionados, em parte, pela migração de consumidores entre os dois ambientes. Se desconsiderado esse fator, o ACR recuou 0,5% e o ACL cresceu menos, cerca de 1,3%.

Na análise dos setores econômicos feita pela CCEE, os ramos relacionados à indústria e ao comércio exterior mantiveram alta. Os setores de extração de minerais metálicos tiveram alta de 7,7%, minerais não-metálicos de 6,8%, metalurgia e produtos de metal ficou em 4,1% essa elevação e em químicos de 3,5%. Os números, explica a câmara, expurgam os efeitos das novas cargas que ingressaram no mercado livre no último ano.

Já as atividades que possuem sinergia com a economia interna apontaram decréscimo na comparação com fevereiro de 2020. É o caso de serviços e transporte, com quedas de 9,5% e 8,3% respectivamente.

Na avaliação regional, o submercado Sul registrou redução de 4,7%. Na outra ponta, o Norte cresceu 3%. Entre os estados, apresentaram as maiores variações negativas Amapá (25%), Rio Grande do Sul (17%) e Distrito Federal (22%). Apesar dos indicadores, a câmara ressaltou que os números foram influenciados pela ausência de dados de medição para o período, uma vez que a coleta é preliminar.

Destaque positivo para o estado do Pará que, representando 52% do consumo do Norte, apresentou alta de 9%. Ao aprofundar a análise neste estado, técnicos da CCEE observaram que os setores de extração de minerais metálicos e metalurgia e produtos de metal, com crescimento de 16,4% e 5,8% respectivamente, são em boa parte responsáveis pelo crescimento. Somados, estes setores respondem por 48% do consumo total.

Do ponto de vista da geração, destaque para as eólicas, com alta de 55,2% em relação ao mesmo período do ano passado, seguida das térmicas com 29,2% e fotovoltaicas com 10,7%. As usinas hidráulicas apresentaram uma redução de 8,7%.