A Enel Distribuição São Paulo encerrou o ano de 2020 com um lucro líquido de R$ 980,8 milhões, um aumento de 26,2% na comparação com 2019. O resultado ebitda da companhia ficou em R$ 2,7 bilhões, aumento de 14,1% nessa mesma base de comparação. A receita bruta da empresa acumulou R$ 23,8 bilhões, queda de 1,4%.
A empresa explicou que a queda é resultado de redução de 7% no volume de energia distribuída, principalmente devido aos efeitos da pandemia de covid-19. Esse efeito, continuou a empresa, foi parcialmente compensado pelo reajuste tarifário anual aplicado a partir de 4 de julho, cujo efeito médio somou alta de 4,23%.
Já a elevação do ebitda refletiu, principalmente, o impacto positivo da margem decorrente do reajuste tarifário em julho de 2020, e do efeito extraordinário de ajuste nas despesas, com o plano de previdência.
Já os indicadores de qualidade DEC e FEC atingiram 7,52 horas e 3,83 vezes, respectivamente, decorrentes de condições climáticas desfavoráveis, marcada por fortes ventos e maiores quantidades de raios. Além disso, a companhia também cita os impactos na operação em razão da pandemia. Ambos os indicadores encerraram o ano dentro das metas regulatórias estabelecidas pela Aneel.
As perdas de energia atingiram 10,64%, como consequência do agravamento da situação econômica no ano, também por conta da pandemia e da redução no volume total de energia injetada no sistema. A concessionária afirma que essa retração torna o volume de energia associado às perdas proporcionalmente mais representativo.
A empresa fechou o ano com uma dívida líquida 29,9% mais elevada em R$ 3,3 bilhões em função de novas captações referentes aos empréstimos para capital de giro e investimentos, bem como à confissão de dívida referente ao plano de pensão. De acordo com a Enel, o efeito foi parcialmente compensado pelo recebimento de recursos da conta-covid, minimizando os impactos da pandemia no caixa da concessionária, e pelas liquidações realizadas no ano de 2020.
Houve aumento de 9,5% nos investimentos, valores que somaram R$ 962,2 milhões, atendendo a estratégia de reforçar os aportes no fortalecimento, modernização e digitalização da rede elétrica.