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Com R$ 30 milhões para investir nos próximos anos e com o objetivo de ser no médio prazo a principal Corporate Venture Capital do setor de energia da América Latina, a EDP Ventures quer em 2021 continuar investindo no seu portfólio de start ups e em outras dentro do escopo, de modo a aumentar o tíquete e participar de rodadas de investimento maiores .”Temos feito muitas operações de Seed e a ideia é se aproximar sempre mais e participar com outros coinvestidores de investimentos série A”, conta Rosario Cannata, gestor de investimentos da EDP Ventures. O tíquete médio está entre R$ 1 milhão e R$3 milhões
Seed ou semente é uma etapa da vida das start ups em que o investimento é para apoiar o trabalho inicial sobre o mercado da empresa. Já a Série de investimentos A acontece quando a empresa arranca e tem a oportunidade de ajustar o produto para vários tipos de mercado. Os valores são maiores que na fase Seed. Rosário explica que o objetivo da EDP Ventures é criar impacto tanto estratégico quanto financeiro no grupo EDP. A intenção é ser uma das ferramentas mais importantes de crescimento do grupo, de modo a garantir a continuidade da liderança da EDP na transição energética.
De acordo com Cannata, a procura tem sido por start ups que tragam soluções inovadoras para o setor de energia, como novas tecnologias e modelos de negócios. O portfólio da EDP Ventures reúne start ups como a Delfos, que criou uma plataforma que usa inteligência artificial para manutenção preditiva de usinas; a Voltbras, voltada para a mobilidade elétrica e a Dom Rock, que trabalha com big data e análises, atuando na melhoria de eficiência de áreas corporativas.
A pandemia não chegou a ser tão impactante no setor de Venture Capital como em outros. Segundo Cannata, até houve um recuo no primeiro semestre do ano, mas em seguida os investimentos se recuperaram. “Em 2021 entendo que vai ser um ano só com coisas positivas pela frente”, aponta para as start ups. Para ele, será um ano mais fácil para as start ups, já quem muitas tiveram que levantar capital em curto espaço de tempo e agora será um momento melhor, de conversar com investidores com tranquilidade.
Com a criação da subsidiária, as empresas emergentes já procuram naturalmente a EDP Ventures. A demora na modernização do setor e da liberalização do mercado não são consideradas entraves para a inovação e as start ups. Segundo Cannata, todas as grandes empresas trabalham com start ups para potencializar seus negócios. Para ele, a liberalização do mercado não será imediata e sim gradual. “As empresas e start ups juntas vão se preparar para quando esse momento vier”, aposta.
Ele aposta que o pós-pandemia trará um ambiente mais amigável para as start ups, já que as grandes corporações já saberão como lidar com elas. O executivo tem visitado grandes empresas para compartilhar a experiência adquirida na área. “Hoje as corporações estão entendendo a importância de fortalecer os laços com start ups e querendo criar unidades de venture capital”, avisa Cannata.