O Brasil começa a entrar em seu período de transição entre o período úmido e seco com níveis de vazões abaixo da média histórica em quase todo o país. A exceção está no Norte com a expectativa inicial de encerrar março com 105% da média de longo termo. No Nordeste, a projeção é de 85% da MLT. Já nos dois maiores submercados são esperados 79% da média no Sudeste/Centro-Oeste e 60% para o Sul.
De acordo análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico, em sua reunião mensal do Programa Mensal de Operação para março, a expectativa é de que o La Niña continue a influenciar o clima na América do Sul e que o momento aponta que somente em meados do ano que é possível ter uma situação de neutralidade em relação a temperatura do Pacífico.
O ONS aponta que o ritmo de recuperação de reservatórios das hidrelétricas continua. A exceção está no Sul. Na comparação com o índice de 63,8% desta sexta-feira, 26 de fevereiro, deverá encerrar março em 58,7%. No SE/CO a elevação é de cerca de 8 pontos porcentuais, para 36,4%, no NE de pouco mais de 16 p.p., para 74,5% e no Norte são esperados 79,6% ante os atuais 47,3%.
A expectativa de carga é de expansão de 4,1% no período, resultado de aumentos de 4,2% no SE/CO, de 0,9% no Sul, 7,1% no NE e de 5,4% no Norte. Entre os fatores é bom lembrar que no final desse mês em 2020 ocorreu a retração acelerada da carga por conta do início das restrições de circulação impostas por conta da chegada da pandemia de covid-19 ao país.
Já a estimativa de custo marginal de operação está equacionado no SE, Sul e NE em R$ 134,84/MWh, com a carga pesada a R$ 138,76/MWh, a média a R$ 137,86/MWh e a leve a R$ 131,23/MWh. No Norte todos os patamares está estimados em R$ 131,23/MWh.
Com isso, a previsão de despacho térmico na semana operativa que se inicia neste sábado, 27 de fevereiro, é de 5.431 MW médios. A maior parte, 4.518 MW médios por inflexibilidade, 368 MW médios por ordem de mérito e 545 MW médios por restrição elétrica.