A CTG Brasil iniciou um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento para aumentar a confiabilidade e eficiência de usinas de geração solar no Brasil. Com aporte de R$ 8 milhões e duração prevista de dois anos, a iniciativa representa o maior investimento individual de P&D da empresa aprovado em 2020. No ano passado, a CTG Brasil direcionou R$ 24,5 milhões a projetos de inovação, um crescimento de 107% em relação a 2019 e um recorde na história da companhia. Os investimentos fazem parte do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
O objetivo da pesquisa é melhorar a previsibilidade de desempenho de usinas fotovoltaicas, aumentar a produtividade e estender a vida útil dos equipamentos, com potencial de reduzir 5% a 10 % o custo de geração da fonte. Um dos principais desafios da fonte fotovoltaica é o estabelecimento de referências de desempenho nas condições de clima e uso do Brasil, pois há troca constante de tecnologia e os padrões são definidos em laboratórios, sem consideraras condições reais de uso. De acordo com Sérgio Fonseca, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da CTG Brasil, a melhora da previsibilidade de desempenho reduz o risco dos investimentos e possibilitará a redução do custo da energia e maior confiabilidade da geração fotovoltaica no Brasil.
O projeto consiste na pesquisa dos fatores que afetam o desempenho, disponibilidade e a confiabilidade das mais modernas tecnologias fotovoltaicas de módulos bifaciais e de inversores e, em paralelo, na caracterização das condições de operação em cinco locais, principalmente no Nordeste brasileiro. Para Carlos Nascimento, Gerente de P&D da CTG Brasil, o projeto contribui para a expansão da energia solar fotovoltaica no Brasil, o que deverá atrair novos investimentos de indústrias que buscam energia limpa, confiável e de baixo custo.
A condução da pesquisa será realizada por três instituições, que se complementam em capacitações. A Universidade Federal de Santa Catarina é responsável pela avaliação de diferentes tecnologias de painéis bifaciais e na implantação de uma nova usina laboratório de 50 kW. Com mais de 20 anos de experiência no estudo da fonte, a UFSC conta com o maior laboratório de energia solar da América Latina. O projeto também contempla parcerias com fabricantes de equipamentos. De acordo com Fonseca, a CTG Brasil acredita na colaboração e na publicação científica aberta para aumentar o impacto do projeto e encoraja instituições interessadas a procurar informações de como contribuir.