O Grupo Energisa e o governo do Estado do Mato Grosso do Sul anunciaram na última terça-feira, 02 de março, em evento virtual transmitido nas redes sociais, o início da Universalização do Pantanal, que levará energia elétrica à população residente daquela região que atualmente não conta com o serviço.
A companhia informou que a partir de julho, a maioria das unidades consumidoras atendidas terão instalados microssistemas de geração solar fotovoltaica e armazenamento da energia excedente em baterias. Dessa forma, o fornecimento de energia limpa e ininterrupta aos clientes fica garantido mesmo durante a noite e em dias chuvosos ou nublados, quando há pouca incidência da luz solar. No total, o Grupo Energisa está investindo R$ 134 milhões no programa.
Ao todo, segundo a Energisa, 2.167 unidades consumidoras serão beneficiadas pelo projeto até 2022, o que representa em torno de 5 mil habitantes, espalhados por uma área de 90 mil km², nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda. Desse grupo, 77 famílias já foram atendidas por rede de distribuição convencional, e agora 2.090 serão atendidos por sistemas individuais cuja fonte de energia é solar.
A universalização do Pantanal teve início com um projeto de pesquisa e desenvolvimento da Energisa fomentado pela Aneel. Num primeiro momento, a empresa realizou, junto com o Instituto Lactec, um censo inédito da região, colhendo informações de cunho socioambiental, analisando o ambiente regulatório e diagnosticando o atendimento e o zoneamento. A pesquisa identificou aproximadamente 3,4 mil moradores que vivem na região isolada do Pantanal, sendo que 45% deste total são ribeirinhos, população local que vive às margens do rio.
Para o governo do Estado de Mato Grosso do Sul este é um projeto audacioso que une desenvolvimento e preservação ambiental, levando melhoria a qualidade de vida da população e proporcionando eletricidade para regiões de difícil acesso em uma faixa territorial maior do que a de muitos países da Europa.