A Cemig observou durante um levantamento que colisões de veículos em postes vem se tornando uma constante nas principais cidades de todas as regiões de Minas Gerais. Esse tipo de acidente, na maioria das vezes, derruba a estrutura, atrapalha o trânsito e deixa parte da população local sem luz. No último ano de 2020, foram registrados 3.650 ocorrências dessa natureza no estado, o que prejudicou o fornecimento de energia para mais de 1,3 milhão de clientes da empresa.
Apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Cemig registrou 647 ocorrências, que interromperam o fornecimento de energia para cerca de 335 mil clientes. Mais do que o dano material, esse tipo de acidente pode colocar a vida do condutor e de outras pessoas em risco.
Segundo a companhia, quando há fios caídos no chão, é possível que, ao sair do automóvel, a pessoa sofra um choque elétrico, que pode ser de até 13 mil volts, caso seja uma rede de média tensão. O único caso em que a pessoa deve deixar o veículo imediatamente é em situações de incêndio. Mas é preciso ter atenção, caso seja necessário sair do veículo, a pessoa nunca deve tocar a estrutura do automóvel e no solo ao mesmo tempo, porque ele se tornará o caminho entre a corrente elétrica e o solo. Isso pode ser fatal ou causar queimaduras gravíssimas.
A Cemig ressaltou também que quando um poste é danificado, uma equipe de emergência é deslocada para avaliar a situação e definir as ações que deverão ser realizadas. Além disso, o trabalho de manutenção, nesses casos, costuma depender também da ação de outros agentes públicos, como policiais militares, agentes de trânsito e bombeiros, uma vez que os acidentes podem gerar vítimas, incêndios e interdições de vias.
Outra informação que vale esclarecer é que o motorista causador do acidente tem prazo de até 60 dias para ressarcir os danos causados à rede da Cemig. Somente a estrutura do poste custa, em média, cerca de R$ 4.000. Esse valor pode subir para até R$ 10 mil em caso de danos a equipamentos, como transformadores e religadores.