Em pouco mais de dois meses, a hidrelétrica de Itaipu está prestes a chegar a marca de 15 milhões de megawatts-hora (MWh) produzidos, equivalente a mais da metade de toda a produção do ano passado das UHEs Belo Monte ou Tucuruí. O volume deve ser atingido até sábado, 6 de março.
“Para um período de pandemia e pouca afluência hídrica, o resultado é considerado bastante positivo”, comentou o superintendente de Operação, José Benedito Mota. A usina totalmente brasileira que mais gerou energia em 2020 foi Tucuruí, com cerca de 29 milhões de MWh, seguida de Belo Monte, com cerca de 28 milhões de MWh.
Nos dois últimos anos, a binacional alcançou os melhores índices de produtividade do seu histórico, chegando a 1,0794 MW médios por metro cúbico por segundo em 2019 e 1,0870 MWmédios/m3/s no ano passado. Esse indicador estabelece a relação entre a quantidade de energia gerada com a vazão turbinada, mostrando a otimização da produção aproveitando ao máximo a água disponível.
Outro destaque foi o Fator de Disponibilidade das unidades geradoras, que indica o percentual de tempo em que as turbinas estavam prontas para atender às demandas dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio. Os índices em 2019 e 2020 foram de 97,55% e 97,10% respectivamente, primeiro e terceiro melhores resultados do histórico e superiores à meta da área técnica da usina, que é 94%.
Já o índice de indisponibilidade forçada, que mostra quando as unidades estão paradas por falhas técnicas ou humanas, apresentou o mesmo valor dos anos anteriores, dividindo o segundo melhor resultado da última década: 0,09%, para um valor de referência de 0,5%.
O diretor técnico executivo da Itaipu, Celso Torino, afirmou que o resultado “excepcional” indica uma sinergia de todas as áreas binacionais da Diretoria Técnica, com otimização e aperfeiçoamento das inspeções e manutenções, mesmo com todas as dificuldades impostas pela Covid-19 e pelas baixíssimas afluências dos últimos dois anos.