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A Atlas Renewable Energy, empresa de geração de energia solar que faz parte do Energy Fund IV, fundado pela Actis, vê no mercado livre os próximos passos de expansão de seu portfólio. A empresa, que foi classificada em primeiro lugar no desenvolvimento de PPAs corporativos na América Latina, segundo levantamento da BloombergNEF, espera anunciar ainda esse semestre mais um acordo com um consumidor livre.

Esse novo contrato somaria mais capacidade de geração ao atual portfólio da empresa que na região é de 2,2 GW. O pipeline é de 4 GW, destes, 1,5 GW em território nacional. O diretor geral da empresa no Brasil, Luís Pita, não revelou o nome do cliente nem o tamanho que seria o contrato. Contudo, diz que segue em linha com o que a companhia apresentou recentemente.

Dois acordos se destacaram, o primeiro com a mineradora Anglo-American, a partir do projeto Casablanca, uma planta solar de 359 MWp em Minas Gerais. O outro foi firmado com a Dow Chemical que receberá energia da usina solar Jacaranda para as operações da multinacional química na Bahia.

Esse é o foco atual da companhia em termos de clientes, disse ele, grandes consumidores que estão no mercado livre. Esse movimento, conta o executivo, vem desde o final de 2018, quando começa a surgir o apetite de empresas por energia limpa como resposta à necessidade que as empresas passaram a ter com um viés mais sustentável. Hoje são 520 MW no ACL.

As operações da empresa por aqui iniciaram por meio de dois leilões de energia nova onde conseguiram viabilizar 420 MW em potência instalada. Apesar de não verem muito espaço para essa modalidade de contratação, cadastraram 1 GW em novos projetos nos leilões A-3 e A-4 deste ano.

“Estaremos de olho no que temos de oportunidades nos dois ambientes de contratação, continuamos fazendo um trabalho junto a empresas cuja bandeira é a sustentabilidade e deveremos fechar mais um contrato ainda nessa metade do ano”, diz Pita. “Quando entramos, pelas circunstâncias do mercado, nosso foco estava no regulado, com o apetite das empresas por energia para atender a requisitos de sustentabilidade vimos um novo caminho que é o ACL. Nosso calendário bateu com as necessidades das empresas. Pegamos esse gancho forte e continuamos nessa linha, mas isso não significa que não olhamos mais para o ACR “, acrescenta.

Um fator importante que Pita cita com o fornecimento de energia solar é da solução da intermitência. Ele toma como base o acordo com a Dow, no qual fornece uma oferta de energia de 24 horas, trocando o excesso de energia solar durante o dia com outras fontes renováveis que podem produzir à noite, fornecendo assim uma carga continua.

E aparentemente, a impressão é de que o foco está mesmo em geração centralizada de grande porte para atender a cargas acima de 500 kW. Pita disse que a Atlas não descarta atuar em geração distribuída, até porque há clientes de grande porte nessa modalidade, tanto que a empresa está se preparando para a queda da barreira dos 500 kW. Para ele, em um intervalo de quatro a seis anos o mercado nacional poderá ser totalmente livre.

“Nosso dever é atender as necessidades de nossos acionistas. Sobre a GD estamos de olho, é uma modalidade que tem mais MW contratados do que na geração centralizada e está em crescimento exponencial. Mas é diferente do que fazemos, estamos de olho. Se acreditarmos que este é um mercado que podemos estar e que é interessante para o acionista, entraremos, apesar de ser um ambiente totalmente diferente do que atuamos hoje em dia”, comenta ele. “Estamos estudando as oportunidades e entender bem esse mercado”, acrescenta.

Mesmo se houver essa decisão, delimita a atuação para os grandes consumidores desse setor, foco em grandes instalações dentro da GD, descartando aquelas de menor capacidade de geração, geralmente em residências e comércios de menor porte.