O primeiro Anuário Brasileiro de Mobilidade Elétrica foi disponibilizado para download nessa terça-feira, 16 de março, no site da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME). O levantamento, que conta com a contribuição de diversos especialistas em 180 páginas, apresenta um amplo panorama do segmento e tem o propósito de gerar conhecimento para estimular o avanço desse mercado no país, fomentando a capacitação profissional e bases ao desenvolvimento de políticas públicas para o tema.
“O estudo foi construído para gerar um panorama abrangente desta pauta tão fundamental para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, afirma o coordenador-executivo da PNME, Marcus Regis, salientando a contribuição das informações para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, além de aumentar o sincronismo com organizações da sociedade civil que tratam da eletromobilidade.
Dentre os destaques do material constam as iniciativas de empresas e organizações, modelos de negócio de países vizinhos – e como estes podem ajudar a direcionar o caminho no Brasil, dados sobre o tamanho do mercado, crescimento nos últimos anos, tipos e modelos de veículos mais procurados, análise regional e uma pesquisa sobre as iniciativas de articulação de companhias e a governança que se encontram em curso.
Além de mostrar os impactos da pandemia para o segmento no país, principalmente dentro da perspectiva econômica, a publicação conta com diversos dados que compõem o contexto atual do setor, como o crescimento de 66,5% nas vendas de VEs no último ano ou mesmo o volume dos veículos a combustão. Também traz números como a concentração dos elétricos no Brasil, com destaque para as regiões Sul e Sudeste. Hoje a frota totaliza 1.985 veículos, não incluindo os pesados, como ônibus e caminhões, nem motos ou bicicletas.
O ano de 2019 também foi importante, contando com registro de veículos elétricos leves de passageiros e comerciais três vezes maior na comparação com 2018, passando de 3.418 para 11.205 unidades, conforme dados do Ministério da Infraestrutura (2020). Considerando 2007, período de início dos registros, observa-se um aumento maior entre 2014 e 2016, chegando a 1.303 unidades e, 2017 e 2018, com patamar similar.