A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica informou que o crescimento do consumo de energia elétrica em janeiro de 2021 teve como principal propulsor o mercado livre, sobretudo em decorrência da retomada dos agentes de maior porte e do aumento no número de adesões de cargas menores, representadas na categoria especial.

Segundo dados que compõem o Boletim InfoMercado Mensal da CCEE, apesar das restrições impostas em grandes capitais como medida de contenção ao avanço da COVID-19, os volumes consumidos no primeiro mês do ano acompanharam a tendência do final de 2020. O Ambiente de Comercialização Regulado – ACR apresentou queda de 0,5%, enquanto o Ambiente de Comercialização Livre – ACL obteve alta de 10,7%.

Ainda de acordo com o boletim, no mercado livre, o destaque ficou por conta dos consumidores especiais, aqueles com carga entre 0,5 e 1,5 MW e que podem adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de outras fontes incentivadas especiais (eólica, biomassa ou solar). A categoria registrou crescimento de 22,4% no consumo. Em janeiro de 2021 o segmento somava 7.686 agentes, 1.402 a mais do que no mesmo mês de 2020.

Já a classe livre, que concentra aqueles com consumo maior do que 1,5 MW e que podem contratar tanto energia incentivada como a convencional ou não especial, apresentou aumento de 7,1% no mesmo período. No ano, a CCEE recebeu 111 aderentes desta categoria, fechando janeiro de 2021 com 1.049 consumidores livres.

No total, a Câmara de Comercialização encerrou o primeiro mês deste ano com 10.715 agentes, frente a 9.007 no mesmo mês de 2020. Um resultado 19% superior, como se pode verificar no gráfico abaixo.

(Divulgação CCEE)

Entre as fontes de geração, o destaque continua com as eólicas, que apresentaram um aumento de 100,6% da geração no período. Esse crescimento se dá, de acordo com a CCEE, por dois fatores: o crescimento da capacidade instalada de parques de um ano para outro e fatores climáticos que levaram as usinas a terem, em 2020, uma produção muito abaixo da esperada.

A geração solar fotovoltaica também teve aumento, de 18,9%. Em contrapartida, as hidrelétricas recuaram 9,7%. Já as térmicas apresentam alta de 20,7%, no 3º mês seguido de ampliação.

(Divulgação CCEE)