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Com investimento inicial de R$ 740 milhões e oriunda da RPX Capital – uma holding que tem como objetivo servir de curadoria para empresas com inovação tecnológica ‘old age’, a AtomX chega ao setor elétrico brasileiro querendo reduzir os custos da energia. O novo player nasce como um grupo que produz motores iônicos, baterias e turbinas, com equipamentos patenteados que ainda aguardam liberação final. De acordo com o CEO da RPX, Rafael Pimenta, a empresa também vai atuar em outras vertentes do setor, como a Geração Distribuída e a comercialização de energia. “Minha ideia é ser eficiente”, afirma.

Pimenta conta que esses motores iônicos possuem um desempenho bastante superior aos convencionais, sendo 95% mais baratos. São equipamentos que usam uma tecnologia própria e natural. Segundo ele, são motores que conseguem rodar cerca de 40 horas por R$ 2. Há ainda uma outra linha de motores magnéticos, de ciclo infinito e controlado por software, similares aos da Tesla, que consegue uma eficiência até 100 vezes que os convencionais “Estamos aguardados o registro dos motores, deve sair em abril e em maio já estaremos formalizados, operando” , avisa. Como não há regulação para essa energia iônica, ele pretende usar a energia para a cogeração. O gerador residencial gera 5 mil watts e tem 80 horas de funcionamento com menos de R$10 reais de combustível.

Na vertente de GD, a AtomX prepara em parceria com a Copel a construção de 23 usinas de 5 MWh até dezembro, somando 115 MWh. Pimenta também promete a compra de mais outorgas e de plantas de baixa rentabilidade, atuando em parceria com os geradores iônicos. Já na comercialização, o objetivo é atuar no mercado varejista e na abertura do mercado, para o cliente final. Empresas dos ramos de alimentação e carnes que operam com geradores convencionais já estão em negociações com a AtomX.

Esses desafios de patente e regulação, além da chegada a um mercado novo não parecem intimidar o executivo, que já atuou em setores que ainda careciam de regras, como de criptomoedas e transporte. A RPX é considerada uma das líderes na criação de sistemas bancários digitais. O Cidadão Bank, um banco voltado para aproximar o cidadão da prefeitura, o Duda Bank, para a Geração ‘Z’ e o Tube Bank, um banco para influenciadores digitais, são alguns dos que ela desenvolveu. “Conseguimos passar os bancos e agora estamos entrando em energia”, observa. Para Pimenta, ter os avais e regras em um mercado regulado facilita o levantamento de capital junto a fundos de investimento.

A meta da AtomX é chegar ao fim de junho com faturamento de R$ 400 milhões. Nos próximos cinco anos, a holding quer ter 15 mil usinas outorgadas de 5 MWh e já estar consolidada na comercialização para o varejo, de modo a colocar em produção seus motores, que chegam a 15.000 kVA.