A terceira revisão semana para o Programa Mensal de Operação de março viu a previsão de carga acelerar. A estimativa para encerramento do mês passou de alta de 2,3% – projetada sete dias atrás – para uma elevação de 3,7% na comparação com o mesmo período de 2020.
Essa previsão de carga no SIN deve-se à projeção de expansão de 6,7% no Norte, 4,7% no Nordeste, 3,4% no Sudeste/Centro-Oeste e de 2,6% no Sul. Vale lembrar que no ano passado houve redução de consumo nos últimos dias de março por conta das primeiras medidas de isolamento social decorrentes da pandemia de covid-19.
As vazões apresentaram relativa estabilidade em termos de expectativa de volumes para o final de março quando compara-se a segunda revisão e a divulgada nesta sexta-feira, 19 de março. A estimativa é de que a energia natural afluente no SE/CO fique em 77% da média de longo termo, no Sul em 67%, 69% no NE e de 108% no Norte ante a média histórica dos 91 anos.
O volume esperado para o nível utilizado nos reservatórios ao final de março estão em 36,5%, índice 0,5 ponto porcentual menor do que o esperado na semana passada. No Sul está em 60,4%, no NE em 69,1% e no Norte o mais elevado, com 79,4%.
Os valor médio para o custo marginal de operação continua zerado no Norte e em R$ 139,09/MWh no NE onde a carga pesada é estimada em R$ 142,29, a média a R$ 142,27 e a leve a R$ 135,74/MWh, mesmo valor para esse patamar no SE/CO e Sul que têm ainda a média a R$ 142,27 e a pesada a R$ 143,31/MWh, tendo a média a R$ 139,33/MWh.
A geração térmica projetada é de 4.684 MW médios, sendo 571 MW médios por restrição elétrica, 4.085 MW médios por inflexibilidade e apenas 28 MW médios por ordem de mérito.
No decorrer da semana, as bacias dos rios Madeira, Xingu, Tocantins, Paranaíba e Grande apresentaram pancadas de chuva. No final da semana houve chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu, Paranapanema, Tietê e na incremental a UHE Itaipu. A previsão para a semana operativa que se inicia neste sábado, 20 de março, estima que a condição de pancadas de chuva permanece nas bacias hidrográficas da região Norte, destacando as bacias dos rios Madeira, Xingu e Tocantins. E prevê a ocorrência de chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai e Iguaçu.