A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 6,4 bilhões em 2020, um valor 43% menor quando comparado ao de 2019 que somou R$ 11,1 bilhões. A empresa explica que em 2019 o lucro das operações que foram descontinuadas somaram R$ 3,3 bilhões, com destaque para privatização das distribuidoras Amazonas Energia e Ceal.

Por isso, explica que ao se considerar os resultados das operações continuadas, a queda na base anual é menor, pouco mais de 15%, explicada, principalmente por provisões e paradas de usinas não programadas.

O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou 9% menor quando comparado a 2019, com R$ 10,5 bilhões. Já o ebitda recorrente recuou 2%, para R$ 13,978 bilhões.

A receita operacional líquida apresentou uma queda de 2%, passando de R$ 29,7 bilhões em 2019 para R$ 29 bilhões em 2020. A energia vendida no ano somou 139,6 GWh, queda de 0,7% na comparação com o ano passado.

As empresas do grupo geraram em 2020 um volume de 195.183 GWh, considerando empreendimentos corporativos, SPEs e metade de Itaipu Binacional. O número representa um acréscimo de 5,5% em relação ao ano de 2019.

A Eletrobras fechou o ano de 2020, com um caixa consolidado de R$ 14,3 bilhões. Os investimentos somaram R$ 3,1 bilhões, recuo de 6% na comparação com 2019. Em relação à alavancagem, a companhia registrou o indicador dívida líquida/ebitda ajustado em 1,5 vez, o menor índice desde 2016, quando a companhia iniciou o processo de restruturação.

Falando do último trimestre, o lucro líquido da empresa recuou 44%, para R$ 1,3 bilhão. O ebitda ficou no campo negativo no trimestre, em R$ 300 milhões, enquanto o recorrente somou R$ 4,575 bilhões alta de 46%. A receita operacional líquida aumentou 17%, para pouco mais de R$ 9 bilhões.

A energia vendida de outubro a dezembro somou 36,4 GWh, aumento de 0,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior.