O governo federal qualificou dois leilões de transmissão de energia elétrica previstos para esse ano ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), sinalizando que vai retomar a realização de dois certames por ano para o segmento. Em 2020, por causa da pandemia, foi realizado apenas um, em dezembro. Pelo decreto, publicado na última segunda-feira, 22 de março, ficam qualificados o primeiro e o segundo certame de 2021, além do leilão para suprimento aos sistemas isolados.
O edital do primeiro, previsto para 30 de junho, foi aprovado pela Aneel no início de fevereiro e servirá para a construção e manutenção de 515 quilômetros de linhas de transmissão, sendo dividido em cinco lotes entre os estados do Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins, com um prazo de conclusão de 36 a 60 meses e expectativa de investimentos de R$ 1,3 bilhão.
Segundo a página do PPI na internet, o segundo leilão ainda está em fase de estudos, mas a expectativa é que seja destinado para construção, operação e manutenção de instalações de transmissão na Bahia, Paraná e Pernambuco, totalizando 866 quilômetros em novas linhas, em contratos de 30 anos.
Quanto ao processo para aqueles que não estão integrados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), serão atendidas 23 localidades de cinco estados da região Norte: Acre (três), Amazonas (cinco), Pará (dez), Rondônia (dois) e Roraima (três). O início de suprimento está previsto para janeiro de 2023 e os prazos contratuais variam de 2 a 15 anos, a depender da previsão de interligação dessas localidades ao SIN.