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A 77Sol, management marketplace voltado à cadeia da GD fotovoltaica, firmou parceria com a ZFLow, start up de tecnologia comandada por Sylvio Barros, fundador do Web Motors. Após ter terminado 2020 com R$ 5 milhões de faturamento e três mil parceiros cadastrados, a meta para este ano é ter R$ 250 milhões de faturamento mensal e 20 mil parceiros até o fim do ano. A 77 Sol faz parte do Grupo Pacto Energia e a parceria com a ZFlow vai resultar em um aporte de R$ 100 milhões em cinco anos. De acordo com Luca Milani, CEO da 77Sol, a aposta é oferecer uma ferramenta de crédito automatizada, verticalizando o processo. “Estamos com a ZFlow desenvolvendo um sistema em estado da arte que vai fazer com que o integrador consiga além de muitas outras coisas oferecer linha de crédito automatizada para o cliente”, afirma.
Milani conta que a 77Sol já dispunha de uma ferramenta que apresentava o crédito para os clientes, mas ela era direcionada para o banco. Com a automatização, está tudo dentro de um só lugar. Segundo ele, a automatização propicia a escala para a continuidade do crescimento da GD. “Na verdade, não é só um avanço para a empresa, mas sim para o mercado, porque não vemos nenhum produto que automatiza o processo de financiamento”, avisa.
Por meio de algoritmos, robustos oriundos da indústria automobilística, são apresentadas várias formas de financiamento dentro do perfil do cliente. A ferramenta vai entender a melhor necessidade. O CEO da Pacto Energia, Rodrigo Pedroso, conta que bancos estão retomando sistemas instalados por conta de inadimplência. Isso seria causado por um ruído na concepção do projeto de GD, em que o consumidor comprava um sistema que não zerava a sua conta e ficava com mais uma despesa além do financiamento. “A 77Sol chega para ser isso. A gente vai entregar engenharia, dimensionando esse produto correto e aí sim oferecemos outras coisas como o financiamento e parte comercial”, relata.
Sylvio Barros se mostra entusiasmado com a entrada da ZFlow no setor elétrico. O investidor revela que era necessário olhar para outros horizontes além do automotivo. Ao analisar o setor elétrico, Barros vê muitas oportunidades no novo nicho e faz uma alusão ao início da internet no Brasil na segunda metade dos anos 1990 e o mercado automotivo brasileiro. “O que é a nossa missão: é dar para o integrador dez, 15 [opções] quantos bancos estiverem financiando a placa solar para que ele não perca a venda”, aponta.
Segundo ele, também há um contingente de pessoas se mudando das suas casas nas capitais para casas e outras cidades com grande insolação. Barros também promete intensificar contatos com bancos que possuem linhas de financiamento voltadas para à GD.
A revisão das regras da Geração Distribuída, iniciado no âmbito da Agência Nacional de Energia Elétrica, mas que deve terminar pelas mãos do Congresso Nacional, não assusta Pedroso. Segundo ele, mesmo o pior cenário apresentado nos debates regulatórios não retiraria os atrativos dos sistemas. “Não acredito que o cenário pode ser esse, mas a gente vê que isso não comprometeria o negócio da empresa”, aponta.