O Grupo Nordex, que controla a fabricante de aerogeradores Acciona, registrou prejuízo consolidado de 129,7 milhões de euros em 2020, um aumento das perdas quando comparado a 2019 quando reportou prejuízo de 72,6 milhões de euros. O resultado ebitda da companhia recuou para 94 milhões de euros, 24,1% menos do que em 2019, enquanto a margem ficou em 2% ante os 3,8% de um ano antes, nível considerado como o esperado pela companhia.

Apesar dos números, a fabricante avalia que manteve sua trajetória de crescimento em 2020, apesar das condições adversas de mercado associadas à pandemia de covid-19. Um dos destaques é o aumento da sua produção para cerca de 6 GW e também impulsionou as instalações e consolidou as vendas. A carteira de pedidos de novas turbinas eólicas manteve-se no mesmo nível do ano anterior em 5,3 bilhões de euros. As vendas aumentaram em 41,6%, para 4,6 bilhões de euros.

No final de 2020, a liquidez era consideravelmente superior ao do ano anterior em  778,4 milhões de euros ante os 510 milhões de euros de 12 meses antes. A dívida líquida caiu para 40,9 milhões de euros.

Em 2020, a empresa instalou 1.492 turbinas eólicas em 23 países ante 938 aerogeradores em 21 países de 2019. A produção total de 5,5 GW aumentou em 77% na comparação com 2019. As vendas no segmento de Serviços aumentaram 8,5% para 437,6 milhões de euros.

Perspectiva 2021
O grupo prevê um novo aumento nas vendas e lucro operacional no ano corrente. As vendas consolidadas devem chegar a um nível na faixa de 4,7 a 5,2 bilhões de euros, com vendas distribuídas de maneira relativamente uniforme ao longo do ano.

A empresa tem como objetivo uma margem ebitda na faixa de 4% a 5,5% podendo aumentar gradualmente durante o ano, à medida que os projetos de margem baixa chegam ao fim e a plataforma Delta 4000, mais lucrativa, ganha uma parcela maior dos projetos.

Além disso, a fabricante apontou que espera redução do impacto da pandemia Covid-19 em seus negócios a partir do segundo trimestre.