O lucro líquido da CPFL Energia totalizou R$3,70 bilhões em 2020, avanço de 34,9% em relação ao ano anterior. A companhia apresentou seus resultados financeiros anuais e do último trimestre do ano passado, mostrando Ebitda de R$6,78 bilhões, acréscimo de 6%, resultado atribuído ao bom desempenho das distribuidoras do grupo, favorecido pela remuneração via tarifa dos investimentos feitos nas concessionárias e também pela atualização monetária do ativo financeiro.

Com a recessão econômica, a venda de energia recuou 3,1% devido às quedas de 5,6% e 10,1% no consumo da indústria e do comércio. Já o consumo residencial foi impulsionado pelo isolamento social e subiu 2,9%.

O desempenho da área de geração de energia também colaborou para a maior geração de caixa (Ebitda). Apesar da menor vazão dos rios, que teve impacto negativo sobre as hidrelétricas, as eólicas cresceram devido à maior disponibilidade das usinas, assim como a solução do GSF para o mercado livre e o reajuste de contratos contribuíram para o melhor resultado.

Quanto aos indicadores de qualidade DEC e FEC, todas as distribuidoras ficaram abaixo do limite estabelecido pela Aneel, com destaque para RGE e CPFL Santa Cruz, que atingiram  a mínima histórica nestes indicadores. Além disso, a concessão Santa Cruz ficou em 1º lugar no ranking de Indicadores de Continuidade pelo segundo ano consecutivo.

No quarto trimestre do ano, o Ebitda da CPFL movimentou R$ 1,92 bilhão, aumento de 10,4% na comparação com o mesmo período de 2019. O lucro líquido avançou 15,5%, conferindo R$ 989 milhões.

O volume de vendas de energia cresceu 1,8%, puxado pelos clientes residenciais, que apresentaram um crescimento de 5,5%. O valor desconsidera o impacto do ajuste no calendário de leitura dos clientes do grupo A, determinado pela resolução 863/2019 da Aneel.

Plano de Investimentos – A CPFL revisou seu plano de investimento para os próximos cinco anos, anunciando nova estimativa de R$ 15,22 bilhões até 2025, frente uma previsão anterior de R$ 13,5 bilhões. Para esse ano a ideia é aplicar R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões serão destinados à área de distribuição.

Em 2020, os aportes atingiram recorde de R$ 2,8 bilhões, volume 24,6% superior que 2019. A maior parte do montante – cerca de R$ 2,3 bilhões – foi direcionada a expansão, modernização e melhoria das redes. Outros R$ 283 milhões foram empenhados na ampliação da capacidade de geração de energia renovável, incluindo a implantação dos projetos Gameleira e Cherobim, um complexo eólico e uma PCH, respectivamente.

A companhia ainda deu continuidade à construção de três projetos de transmissão (Maracanaú, Sul I e Sul II), nos quais foram gastos R$134 milhões, e investiu R$74 milhões nos segmentos de Comercialização e Serviços, principalmente em veículos e equipamentos, além de projetos de eficiência energética e geração distribuída.