A projeção inicial para o mês de abril apresenta uma estimativa de afluências abaixo da média histórica para todo o país. Os índices estão em linha com o que foi registrado para o SIN na semana passada, com exceção do Norte que viu a previsão de volume esperado de energia natural afluente ficar em 89% da média de longo termo. Ainda assim o mais elevado índice no Brasil. Para o Sudeste/Centro-Oeste é estimada ENA de 72% da MLT, no Sul está em 67% e no Nordeste em 36% da média histórica de 91 anos.

Como já era esperado, a estimativa de carga mostra uma forte aceleração do consumo quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Isso porque em 2020 houve uma queda expressiva por conta da pandemia de covid-19 que se instalou no país de forma mais forte naquele período. A projeção é de alta de 15,7%, sendo que em todos os submercados há expansão na casa de dois dígitos.

No maior submercado, o SE/CO a estimativa é de alta de 15,8%, no Sul é de 17,9%, já no NE é esperada carga 12,9% acima do verificado nesse mesmo período de 2020 e no Norte o índice é de 16%. Ao se confirmarem essas projeções, a carga de deste mês deverá ficar em 70.207 MW médios.

Vale lembrar que a previsão do ONS em conjunto com EPE e CCEE, na primeira revisão quadrimestral da carga, divulgada nesta sexta-feira, 26 de março, é de alta de 3,2% em 2021. O que mostra que esse índice de abril – e até mesmo de maio – deverão ficar inflados justamente pela baixa base de comparação do ano passado.

Em termos de armazenamento em reservatórios, o volume esperado para o maior submercado é de encerrar abril, que marca o fim do período úmido, com apenas 37,7% do total. Esse índice é apenas 0,7 ponto porcentual a mais do que se previa encerrar março e que não se concretiza uma vez que o nível apurado nesta sexta-feira é de 35,1%. Nas demais regiões os índices estão projetados para acima de 65%, sendo 67,2% no Sul, 67,8% no NE e de 83,9% no Norte.

A projeção do custo marginal de operação médio no país apresenta duas frentes. Em uma que reúne o NE e o Norte os valores estão zerados. Já no SE/CO e no Sul o valor é de R$ 106,11/MWh, sendo a carga pesada a R$ 111,23/MWh, a média a R$ 109,64/MWh e a leve a R$ 102,75/MWh.

A estimativa de despacho térmico com isso é de 4.791 MW médios, sendo que 4.108 MW médios são por inflexibilidade, há 583 MW médios por restrição elétrica e o menor volume, 100 MW médios, por ordem de mérito.