A expectativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é que o edital para privatização da CEA (AP) seja lançado na primeira semana de maio e o leilão de privatização ocorra na primeira semana de junho. O prazo foi divulgado em audiência pública sobre a desestatização realizada esta segunda-feira, 29 de março, pelo chefe da área de Estruturação de Empresas e Desinvestimento do BNDES, Leonardo Mandelblatt.

De acordo com ele, o papel do banco no processo na interação com o consórcio que faz os estudos é o de atuar como agente de conformidade, prezando pela transparência. O banco recebe os estudos e tem um olhar crítico para poder assegurar que de fato expressem as premissas adotadas, para depois poder prestar contas à sociedade, O banco também busca contribuir com a discussão para que o consórcio tenha uma modelagem o mais robusta e atrativa possível.

Durante a audiência, o executivo revelou que os estudos da fase 1 já foi realizada, bem como as fases de aprovação do banco e da governança. O valor já foi definido e documentos já foram compartilhados com órgãos de controle. Mandelblatt salientou o papel exercido pelo banco em recentes privatizações de distribuidoras de energia nos últimos anos, em especial as da Eletrobras. “Através dos projetos do BNDES transferimos para o setor privado mais de R$ 12 bilhões em dívidas, atingimos modicidade tarifária, capitalizamos as empresas para que tivessem capacidade de investimento e garantir a realização de investimentos nos primeiros cinco anos das concessões de aproximadamente R$ 10 bilhões”, observou.

(Nota da Redação: matéria alterada às 19:13 horas do dia 29 de março de 2021 para inclusão de informações e correção do cargo do executivo do BNDES)