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A Empresa de Pesquisa Energética corre o risco de ver suas atividades seriamente comprometidas já a partir de abril. Com a aprovação do orçamento da União, a EPE viu os recursos para as despesas discricionárias, que não envolvem pessoal, serem reduzidos à metade do que foi estimado. O valor destinado é de R$ 13 milhões ante um orçamento de R$ 26 milhões, calculado como o mínimo para que a empresa possa operar.

O presidente da empresa, Thiago Barral, classificou o resultado como “gravíssimo e com impactos de curto prazo” para a empresa responsável pelo planejamento do setor energético do país. Ele explicou que o orçamento de 2021 seria de R$ 40 milhões, mas com antecipações de cortes e ações em 2020 reduziram para R$ 26 milhões, valor de contratos que a organização possui.

“Eram R$ 40 milhões para 2021 mas com diversos cortes no orçamento conseguimos reduzir para R$ 26 milhões. Mas a lei aprovada destinou R$ 13 milhões, ou seja, bem provavelmente em abril, embora com a mudança de endereço que tivemos para reduzir aluguel, não conseguiremos manter nem isso”, afirmou ele à Agência CanalEnergia. “Se não houver recomposição, não teremos mais contratos com a Microsoft, por exemplo, para realizar reuniões de trabalho, não teremos mais software para planejamento de petróleo, base de dados para projetos de gasodutos, gás natural (…) precisaríamos de R$ 13,5 milhões adicionais para podemos passar o ano de 2021 sem comprometer”, apontou Barral.

O presidente da EPE destacou que o prejuízo com essa redução do orçamento da empresa deverá levar impactos não apenas para este ano mas a 2022 também. Ele avalia que a falta de orçamento poderá comprometer o desenvolvimento do planejamento energético para os próximos anos. Ressaltou ainda que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e a secretária executiva, Marisete Dadald, têm apoiado a EPE e levado o desafio para o Ministério da Economia.

Mas, lembra que esse processo orçamentário é complexo e para que haja a recomposição do orçamento será necessário retirar valor de outra área e, que, em momentos de “cobertor curto”, essa tarefa ganha ares mais complexos de construção política entre as partes.

Enquanto a solução não chega, disse Barral, a tendência é de ter que cortar mais despesas a um limite que gera ineficiência e perdas para o planejamento do país. Barral exemplifica o esforço que tem sido feito na busca de corte de despesas ao dizer que a EPE já não tem mais contrato com empresa para realizar a cópia ou impressões de documentos.