A primeira revisão do Programa Mensal de Operação de abril aponta uma redução no volume de energia natural afluente em quase todo o país na comparação com as previsões iniciais do Operador Nacional do Sistema Elétrico. A exceção está no Norte onde houve aumento de 89% para 94% da média de longo termo para o final do mês. Nas demais regiões a nova previsão é de volumes mais modestos, sendo de 66% da média no Sudeste/Centro-Oeste, 6 pontos porcentuais abaixo do que se esperava sete dias atrás. No Sul é estimado ENA de 53% e no Nordeste apenas 34% da média de 91 anos.

Já a carga esperada é de 70.113 MW médios, um volume 15,5% mais elevado do que no mesmo período do ano passado. Vale sempre lembrar que essa diferença deve-se à queda de consumo de 2020 por conta das primeiras iniciativas de combate à pandemia de covid-19. No SE/CO é calculado aumento de 15,9%, no Sul é de 16,5% no NE está em 12,9% e no Norte volume 16,2% mais elevado.

O nível utilizado dos reservatórios que é projetado para o final de abril é de apenas 36% no SE/CO. Os demais submercados estão acima de 60%, sendo o Sul com 61,3%, no NE em 66,9% e no Norte 83%.

Com isso, o custo marginal de operação médio está descolado no Norte, que continua zerado. Enquanto isso no SE/CO e Sul está equacionado em R$ 157,67, sendo este o valor esperado da previsão de afluências, resultado de projeção de carga pesada em R$ 165,53, média em R$ 164,28 e leve em R$ 149,62/MWh. No NE, o CMO é estimado em R$ 140,44, com os valores na carga pesada e média em R$ 141,22 e a leve em R$ 139,59/MWh.

A projeção de despacho térmico na semana operativa que começa dia 2 de abril é de 4.777 MW médios, sendo 4.266 MW médios por inflexibilidade, 487 MW médios por restrição elétrica e apenas 24 MW médios dentro da ordem de mérito.