A S&P Global Ratings informou que os ratings de crédito de emissor de longo prazo e de emissão atribuídos à Equatorial Energia não serão alterados após a empresa vencer o leilão de privatização da CEEE-D (RS). A Equatorial foi a única participante com um lance de R$ 100 mil, sendo R$ 50 mil a oferta mínima.

As ações leiloadas representam 65,87% do capital social da CEEE-D. A transação está condicionada ao aumento de capital da CEEE-D no valor de até R$ 3,36 bilhões, previsto pela CEEEPar. A participação da Equatorial pode chegar a até 94,9%, uma vez que terá direito à subscrição de ações. O negócio também está condicionado à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e da Agência Nacional de Energia Elétrica.

Apesar do valor simbólico da aquisição, a expectativa é de aumento na alavancagem do grupo, já que este assumirá dívidas financeiras e outras obrigações de cerca de R$ 4 bilhões. Além disso, são previstos investimentos anuais da ordem de R$ 250 milhões para o turn around da CEEE-D ao longo dos próximos cinco anos.

Em teleconferência realizada nesta quinta-feira, 1º de abril, o presidente da Equatorial, Augusto Miranda, revelou que a empresa vê espaço para redução na rubrica do PMSO para o consumidor por ano. Hoje ele está em R$ 392, muita acima aos das outras distribuidoras do grupo, em torno de R$ 190. Na Equatorial Piauí o índice caiu de R$ 325 para R$185 em dois anos, enquanto na Equatorial Alagoas, recuou de R$ 300 para R$ 187 no mesmo período. “Historicamente, temos conseguido enquadrar o PMSO dentro dos níveis regulatórios até o segundo ano de atuação”, disse.

Há oportunidade de recuperação na temática das perdas. Recadastramentos na Iluminação Pública, regularização de clandestinos e gambiarras e a implementação de balanço energéticos nos transformadores para redirecionar as ações de combate são algumas delas.