Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Depois de pouco mais de 12 meses de impacto com a pandemia de covid-19, a Isa Cteep classifica o período como positivo e de um importante aprendizado. Nesses meses a empresa não reportou nenhuma perda de funcionário por conta da doença, as obras continuaram avançando mesmo com os protocolos estabelecidos para evitar a disseminação do coronavírus e a companhia passou a operar com dois centros de controle com backup ativo.

Segundo o CEO da empresa, Rui Chammas, em 2020 a empresa conseguiu entregar cerca de 74% das obras de reforços e melhorias. Identificou 130 projetos que envolvem troca de equipamentos e manutenção de ativos e realizou investimentos de R$ 1,1 bilhão projetos greenfield com a energização de dois projetos. Esse ano os planos da companhia envolvem avançar em mais cinco projetos. O executivo destacou em entrevista à Agência CanalEnergia que essa aceleração tem relação direta com o aprendizado do primeiro ano de pandemia.

“Nesse período aprendemos que uma atividade solitária se bem protegido não há problema. Mas em outras não é possível, por exemplo, fizemos o replanejamento de obras para o segundo semestre deste ano porque exigiria muitas pessoas trabalhando junto, como não era uma questão de emergência, pode ser repensada para um outro momento que não este”, comentou Chammas.

Uma outra ação que o executivo destaca é a busca pela redução de custos, proporcionando maior produtividade. Um exemplo foi o uso de drones para a inspeção de linhas de transmissão, que garante mais resultados e com maior confiabilidade.

O foco da companhia, assegura o executivo, é o de procurar espaço para continuar crescendo. Nesse sentido, afirma que a empresa continua a avaliar oportunidades do mercado secundário de ativos, bem como os leilões de transmissão que a Aneel pretende realizar em 2021. “Já escolhemos alguns lotes que deverão entrar nos leilões do meio de 2021 e no final do ano para analisarmos para chegarmos na hora do lance no leilão com conhecimento do projeto”, comenta.

No mercado secundário a companhia diz avaliar tudo que é colocado ao mercado e analisa se essas oportunidades apresentam sinergias e se fazem sentido ao portfólio da empresa. Chammas citou a recente aquisição da PBTE por cerca de R$ 1,6 bilhão, como um exemplo de atratividade que a Cteep tem nesse ambiente.

“A Taesa é um assunto do controlador, a colombiana Isa, não está no escopo de trabalho da Cteep”, Rui Chammas, da Isa Cteep

“Estamos atentos, temos área dentro da companhia que busca de forma ativa esses projetos. É um mercado com uma dinâmica natural sempre tem alguma coisa sendo analisada”, disse ele sem revelar detalhes sobre os planos da transmissora. “Entendo que escala com sinergia é bom para o sistema, para competitividade”, acrescentou.

Nessa questão de escala, Chammas comentou o fato de que a Cemig iniciou os estudos para verificar a possibilidade de vender sua parcela na Taesa. O executivo disse que quem detém parcela do capital social na transmissora mineira é a controladora colombiana, a Isa e não a Cteep, por isso, afirma que esse assunto não está no escopo de trabalho dele como executivo. “Não está na nossa agenda, nosso foco e de meu mandato é o de otimizar nossa atuação seja em reforços e melhorias ou nosso portfólio futuro seja por meio de aquisições no mercado secundário ou leilões”, disse ele.

A Cemig detém 21,68% do capital social da Taesa sendo 36,97% das ações ON, que dão direito a voto. Já a Isa Brasil é o segundo maior acionista ordinário com 26,03% e 14,88% do total.

Falando em competitividade, Chammas avaliou que nos leilões desse ano a questão do dólar e da elevação dos custos financeiros deverá impor novas dificuldades às empresas nas disputas. Apesar disso, ele comentou que a regulação continua com o modelo bem sucedido e que atrai diversos interessados os deságios deverão manter-se em um nível alto.

Até porque esse índice de desconto sobre a Receita Anual Permitida máxima está relacionada à capacidade de as empresas serem eficientes em todo o processo e poderem adiantar os projetos. No caso da Cteep, exemplificou, a questão do licenciamento é chave e que há casos em que a transmissora começa o processo antes mesmo do leilão, mesmo sem saber se conseguirá a concessão daquele lote. Ele cita que é importante a empresa proteger-se da variação cambial, do preço das commodities além da taxa de juros. “Quem não fez isso é possível que a conta não feche”, comentou.