O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico autorizou o Operador Nacional do Sistema antecipar em dois meses o despacho de usinas termelétricas a Gás Natural Liquefeito, considerando o Custo Variável Unitário dos contratos assinados no ambiente regulado. O objetivo é reduzir o custo operacional total do setor elétrico.

O acionamento dessas usinas vai reforçar as medidas excepcionais adotadas desde o segundo semestre do ano passado para atendimento à carga do Sistema Interligado Nacional e preservação dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Desde o ano passado, o sistema tem operado com um numero elevado de térmicas em operação, com geração fora da ordem de mérito, e importação de energia sem substituição da Argentina e do Uruguai.

A decisão foi tomada na reunião mensal de avaliação realizada pelo CMSE na última terça-feira, 6 de abril, e levou em conta a manutenção de condições hidrometeorológicas desfavoráveis e de baixos armazenamentos dos reservatórios.

O comitê também estabeleceu que o preço máximo de importação de energia elétrica sem substituição dos países vizinhos permanecerá limitado ao CVU da usina termelétrica Termomacaé, “podendo ser adotado novo limite conforme reavaliações a serem realizadas nas reuniões técnicas do CMSE e mediante ampla divulgação das eventuais mudanças aos agentes setoriais.”

Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que o ONS também vai adotar outras estratégias de atuação para a transição entre os períodos úmido e seco. Essas ações visam a “aumentar a oferta de geração de energia elétrica, reavaliar limites de transmissão e respectivos escoamentos de energia entre subsistemas, melhorar a resposta dos modelos computacionais e aumentar a disponibilidade de importação de energia elétrica.”