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Com expectativa de dobrar o faturamento em 2021, a Energizar Consultoria – que atua na área de recrutamento e atração de talentos voltados ao setor elétrico – aposta nos investimentos e oportunidades que virão na esteira da retomada econômica como combustível. O profundo conhecimento do setor e das suas particularidades aparecem como trunfo para a conquista de clientes. O CEO da Energizar é Marcio Douglas de Araújo, ex-Renova Energia, que criou a empresa em agosto do ano passado.
De acordo com o Araújo, as empresas têm solicitado recrutamento na alta e média liderança de comercializadoras e empresas de Geração Distribuída. Porém, ele traz como diferencial o recrutamento em funções como back office e administrativo-financeiro, cuja seleção antes não despertava a atenção de consultorias. A percepção mudou a partir do momento em que a complexidade do setor também alcançou essas funções, o que potencializou a mudança. “Uma comercializadora de energia não pode se dar ao luxo de ensinar a alguém do financeiro a rotina da primeira semana do mês, porque é muito dinâmica, há um frenesi de atividades. Aos poucos as empresas têm procurado por essas posições mais juniores”, avisa.
Araújo conta que as energias renováveis têm atraído o interesse dos profissionais na faixa dos 2o a 30 anos, embora as fontes convencionais também tenham uma parcela de atratividade. “É muito raro um profissional desses falar em alguma fonte que não seja renovável, mas se surgir uma oportunidade eles vão porque o mercado de energia é muito atraente”, aponta. Dentre as fontes que demandam recrutamento, a solar tem chamado a atenção nos pedidos, enquanto a eólica mantem a ponta, enquanto GD e o biogás mostram crescimento.
O perfil do profissional que as empresas buscam é o de alguém que saiba se relacionar dentro do setor. Ele dá como exemplo o indivíduo que tem diálogo com órgãos do setor, como ONS e CCEE, além das associações. “Se tem um bom networking ele é olhado de forma mais diferenciada em qualquer área. Bom relacionamento com mercado é diferencial importante”, destaca. A Energizar também tem sido procurada por grandes empresas que estão estruturando seus departamentos de energia, de modo que não dependam tanto de empresas de gestão.
De certa forma, a pandemia de Covid-19 também acabou por alterar o perfil da liderança nas empresas. Houve uma exposição da fragilidade jovem e acadêmica e a experiência humana nas variadas situações ganhou força. Segundo Araújo, fazer uma contratação no mercado de energia exige alto conhecimento técnico, mas principalmente um network qualificado com contatos de diferentes áreas e com perfis multidisciplinares formados por matriz de competência e fatores como liderança, flexibilidade, relacionamento interpessoal, visão, foco em resultados e resiliência.
Um ponto que o CEO da Energizar destaca é a exigência dos contratantes que os recrutamentos englobem a diversidade, com o maior número de perfis possíveis. “Empresas também pedem que a nossa busca seja trabalhada na diversidade e não traga só homens, também traga mulheres. Hoje as empresas têm necessidade de inserir esses profissionais no mercado”, comenta.