A Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) apresentou um workshop com os dados mais recentes sobre as perspectivas futuras de expansão de energia elétrica no cenário 2021 a 2030. A Geração Distribuída e as fontes renováveis e devem guiar a expansão do sistema.
Apesar de um cenário de incertezas em relação à economia, tecnologia, meio ambiente e comportamento do consumidor, os técnicos da EPE acreditam que a expansão do sistema continuará ocorrendo de forma sustentável.
A oferta continuará sustentável com a manutenção de indicadores de renovabilidade da matriz entre 45 e 50% na matriz energética e entre 80 e 85% na matriz de eletricidade, disse o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Cesar Domingues.
Um dos destaques é a Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), que poderá alcançar de 17 GW a 36 GW de potência instalada nos próximos dez anos, respondendo por 4,6% da carga total de energia. A EPE acredita que os investimentos nesse segmento continuarão sendo atrativos, sendo a solar fotovoltaica a principal fonte, isso considerando um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9% entre 2021 a 2030.
Na geração centralizada, espera uma expansão líquida de mais de 30 GW, que exigirá investimentos na ordem de R$ 170 bilhões. A oferta se dará principalmente pelo crescimento da eólica, solar e gás natural, sendo que este último seguirá de maneira complementar às fontes intermitentes.
Crescimento da transmissão
já o plano de expansão da transmissão baseada na projeção da carga deve culminar em investimentos na ordem de R$ 89 bilhões até o ano de 2030, visando uma evolução da capacidade das interligações entre as regiões do Brasil e melhor aproveitamento dos diferentes recursos energéticos do sistema. Na análise da consultora técnica da EPE, Thaís Teixeira, os custos evitados com a otimização justificam os investimentos em transmissão.
“O custo para o atendimento de cada megawatt-hora (MW/h) do sistema elétrico deve ser sempre visto em função total de geração mais a transmissão, dado que essas obras de transmissão viabilizam a integração de fontes mais competitivas no sistema e reduzem os custos de operação total”.