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Criada na observância da evolução tecnológica do setor dos últimos anos, a Safira Solar chega ao mercado da Geração Solar Distribuída querendo conquistar o cliente residencial através da modalidade de Geração Distribuída Compartilhada. A empresa é uma vertical do grupo Safira Energia e chega com investimento inicial de R$ 30 milhões, uma usina de 5 MW em Montes Claros (MG) e meta de quatro mil clientes residenciais em 2021. De acordo com o sócio-diretor da empresa, Vinicius Ferreira, a intenção é de atender os clientes residenciais com conta de luz acima de R$ 350 no estado de Minas Gerais, onde fica a usina implantada.

Segundo Ferreira, a GD deve se intensificar cada vez mais nos próximos anos e a Safira quer fazer parte desse movimento. Como o diferencial, a aposta é no próprio modelo da GD compartilhada, que ele classifica como ‘democrática’. Ele conta que muitos clientes em potencial não teriam condições financeiras de adquirir um sistema fotovoltaico ou nem mesmo poderiam instalá-los por morarem em apartamentos. O consumidor não precisa fazer investimento inicial e é cadastrado em uma cooperativa. “O cliente gera sua própria energia paga 10% a menos o que ele pagaria para a distribuidora, sem investimento nenhum”, afirma.

Sobre a opção pelo consumidor residencial, vem da vontade de atender um contingente maior e não ficar restrito a um seleto público que tem aderido à GD. “Hoje em dia a GD está elitizada em grandes grupos e empresas, estamos trazendo para pessoas físicas”, avisa.

Para o diretor executivo do Grupo Safira, Mikio Kawai Junior, o modelo é uma espécie de ‘uberização’ do setor de energia, já que o consumidor residencial consegue contratar eletricidade baixando um aplicativo pelo celular e adicionando um cartão de crédito para a fatura, da mesma forma que ele solicita um carro através do aplicativo de transporte.

Inicialmente, Ferreira acreditava que o aspecto da engenharia e logística da usina solar seria o desafio da Safira Solar, mas que a aproximação para trazer o cliente para a GD compartilhada tem tomado a frente, pela incredulidade com as vantagens que a modalidade oferece. “O pessoal fica desconfiado, você gera sua energia de forma sustentável e limpa e ainda paga menos. Essa comunicação tem sido nosso grande desafio “, comenta.

A expectativa de mudanças nas regras da GD pelo Congresso Nacional não assusta a empresa. Ferreira acredita que a tecnologia vencerá qualquer tipo de lobby que possa ser exercido no parlamento. “Não vai passar no Congresso nenhuma regulamentação que vá taxar o sol e encarecer a geração própria de energia”, alerta.

Ir além de Minas Gerais nos próximos anos é outro objetivo da empresa. Ferreira vê Minas Gerais, pioneiro e considerada na vanguarda da GD, já maduro. A empresa quer nos próximos anos a expansão para outros estados, ainda a definir.