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Após ter atuado na divisão de hydro da GE, Sérgio Souza assume a diretoria de Relações Institucionais e Projetos Especiais da Omega Energia. Agora ‘do outro lado da mesa’, o executivo ressalta a chegada à empresa em um momento de expansão, em que a Omega vem se afirmando como uma das maiores geradoras de energia renovável do país. Agora, a missão é fazer a conexão entre os fabricantes de equipamentos e a empresa. “Eu venho para somar nesse crescimento dela, quase vertical e espero poder ajudar a Omega com a minha experiência de mercado, meus contatos e a minha bagagem”, explica.
Ele prevê que por conta da pressão inflacionária na indústria e alta de commodities causada por efeitos da pandemia e os equipamentos acabam pressionados, o que vai demandar uma tomada de decisão baseada em aspectos como a criação de valor e soluções pensadas junto com os fornecedores, de modo que todos saiam ganhando. Souza ressalta que apesar da fonte eólica estar consolidada no país, seu cenário é desafiador pelo retrato de complexidade. “Acredito cegamente que a gente tem que criar valor ao invés de ficar brigando em um jogo de soma zero”, avisa.
A Omega tem 1,8 GW de capacidade contratada entre PCHs, eólicas e usinas solares, localizadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Nos últimos anos, ela se destacou por conta dos complexo eólicos Assuruá, na Bahia; Delta, no Maranhão e o solar Pirapora, e Minas Gerais.
Outro ponto que o novo diretor da Omega destacou foi o crescimento do mercado livre, que vem aumentando a cada ano. Com a escassez dos leilões regulados de energia, a expansão via ACL se tornou o veículo de expansão da geração e as renováveis ocuparam a lacuna. “Acho que a tendência é que o ACL seja cada vez mais relevante”, observa.
Lidar com o câmbio é eleito por Souza como o maior desafio nesse momento. Na solar, muitos equipamentos são importados, o que já ocorre em menor escala na eólica. Para Souza. “As empresas fabricantes estão com dificuldade de travar um preço em real para o longo prazo, porque elas estão enxergando um risco que é difícil de mensurar”, comenta. Para ele, no ano que vem, por ser eleitoral, também deverá ter o câmbio alto.