O Conselho Nacional de Política Energética aprovou resolução nesta terça-feira (20), determinando a elaboração em 60 dias de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio. O trabalho será feito em cooperação com os Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento Regional e com apoio da Empresa de Pesquisa Energética.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, as diretrizes do programa vão tratar de normas de segurança e novos desenhos regulatórios para que o hidrogênio alcance níveis de competitividade que permitam o uso em grande escala. Em nota após a reunião, o MME explicou que será necessário desenvolver no pais “uma infraestrutura de produção, armazenamento, transporte e distribuição do hidrogênio, pelo lado da oferta, bem como a inserção do energético na matriz de consumo em setores-chaves, como transportes, siderurgia e de fertilizantes.”
Há também desafios tecnológicos a serem superados, e o armazenamento é um deles, em razão das elevadas pressões para manutenção no estado gasoso, ou criogenia para estocagem no estado líquido.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Paulo Cesar Magalhães, destacou o papel do hidrogênio na descarbonização da economia. “O insumo carrega alta densidade energética, possui versatilidade de uso, não emite CO2 e pode funcionar como armazenamento de energia”, disse Magalhães.