A CPFL Paulista foi autorizada a aplicar aumento médio de tarifas de 8,95%, com efeito médio de 9,60% na alta tensão e de 8,64% para os consumidores em baixa tensão. Consumidores residenciais pagarão 8,24% a mais em suas contas de luz.
O reajuste anual da distribuidora seria maior, mas foi amortizado por medidas de redução de custos apresentadas nesta terça-feira (22) pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A Aneel utilizou a reversão de valores recebidos pela CPFL Paulista da Conta Covid para abater a tarifa, alcançando um impacto redutor de 7,62%.
Também foi reduzido o peso da transmissão, com alteração no perfil dos custos da Rede Básica do Sistema Existente relacionados à remuneração de juros sobre o capital de janeiro de 2013 a junho de 2017. Esse componente financeiro contribuiu com uma redução na tarifa de 1,39%.
Foram retirados ainda da tarifa R$ 261,5 milhões correspondentes à reversão de receitas por Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativos (redução de 2,37%); R$ 21,7 milhões na captura de outras receitas para modicidade tarifária (redução de 0,19%) e R$ 190,2 milhões em recursos alocados de Itaipu (redução de 1,73%).
A CPFL Paulista autorizou a retirada de R$ 214,9 milhões referentes à Parcela B da tarifa do reajuste atual, o que contribuiu para uma redução de 1,95%. O valor será aplicado no próximo processo tarifário, corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA.
A distribuidora atende cerca de 4,6 milhões de unidades consumidoras em São Paulo e tem faturamento anual da ordem de R$ 11 bilhões.