A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou reajustes tarifários médios em torno de 9% para as distribuidoras da Bahia (Coelba), do Rio Grande do Norte (Cosern), do Ceará (Enel CE) e de Sergipe (Energisa SE). Os impactos são parecidos para os 12,3 milhões de unidades consumidoras atendidas nos quatro estados do Nordeste.
Confira as novas tarifas que entram em vigor nesta quinta-feira, 22 de abril:
Coelba: aumento médio a ser percebido pelos consumidores de 8,98%, sendo 12,28% em média na alta tensão e 7,82% na média da baixa tensão.
Cosern: efeito médio de 8,96%, com aumento médio de 11,18% na alta tensão e de 8,27% para os consumidores em baixa tensão
Enel CE: efeito médio de 8,95%, com impacto médio de 10,21% na alta tensão e de 8,54% na baixa tensão.
Energisa SE: aumento médio de 8,90%, com efeito médio a ser percebido de 9,43% na alta tensão e de 8,66% na baixa tensão.
O peso do reajuste das empresas foi amortizado por novas medidas de redução dos impactos tarifários adotadas pela Aneel: reversão dos recursos da Conta Covid para a modicidade tarifária; alteração em custos da Rede Básica Sistema Existente, antecipação do abatimento na tarifa de receitas originarias da cobrança por ultrapassagem de demanda e excedente de reativos e de outras receitas das concessionarias; utilização de créditos de PIS e Cofins decorrentes da exclusão do ICMS da base de cálculo dos tributos federais.
A Enel CE propôs, além disso, o adiamento do repasse às tarifas de custos da parcela B, que serão cobrados no próximo processo tarifário, corrigidos pelo IPCA. A Energisa sugeriu o diferimento de parcela B e também o adiamento para o próximo reajuste da previsão de custos com o risco hidrológico
Mercado consumidor
A Coelba atende cerca de 6,2 milhões de unidades consumidoras na Bahia e tem faturamento anual da ordem de R$ 8,6 bilhões. A Cosern fornece energia para cerca de 1,5 milhão de unidades consumidoras, com faturamento da ordem de R$ 2,2 bilhões.
Já a Enel tem cerca de 3,8 milhões de unidades consumidoras no Ceará e faturamento da ordem de R$ 5 bilhões, enquanto a Energisa atende 813 mil unidades consumidoras em Sergipe e tem faturamento anual em torno de R$ 1,2 bilhão.