A CelgPar, controladora da Celg GT, decidiu adiar para o segundo semestre deste ano o seu leilão de privatização, que estava previsto para ser realizado no dia 13 de maio. Em comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira, 26 de abril, a empresa alegou que os investidores interessados pediram mais prazo para análise das informações e documentos da operação, além de exame para a viabilidade de segregação dos ativos de transmissão e dos ativos de geração. A nova data ainda será definida.
Outro motivo para o adiamento foi a resolução 2.846/2021 da Agência Nacional de Energia Elétrica, que acolheu de modo parcial os pleitos da Celg GT sobre as revisões de receitas de contratos de transmissão prorrogados nos termos da Lei n° 12.783/2013.
A Celg GT terminou o ano passado com lucro líquido de R$ 165,6 milhões, parte por efeito contábil não recorrente, porém 133% acima do registrado em 2020. O Ebitda ficou em R$ 244,7 milhões e a Receita Operacional Líquida em R$ 278,4 milhões.
A companhia conseguiu manter a disponibilidade dos ativos de transmissão acima da média nacional, com 99,98%, enquanto a média do setor foi de 98,95%. O presidente da CELG GT, Lener Silva Jayme, atribuiu o resultado ao esforço promovido desde o início de 2019, seguindo também a decisão do governo de Goiás de levar a empresa a um processo de desestatização.