O 2º Leilão do Sistema Isolado começou às 10 horas desta sexta-feira, 30 de abril. O certame ocorre de forma totalmente virtual no ambiente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A disputa é para a aquisição de energia e potência elétricas por meio de Contratos de Comercialização de Potência e Energia Elétrica nos Sistemas Isolados divididos por lotes e início de suprimento em 1º de abril de 2023 e duração de 180 meses, a depender da localidade.

O certame prevê contratos para usinas a gás natural, óleo diesel ou fontes renováveis. A potência requerida total para esse leilão é de 97,278 MW.

Os preços iniciais serão os seguintes: R$ 1.293,00/MWh para o Lote 1 (AC); R$ 1.308,00/MWh para o Lote 2 (AM); R$ 1.438,00/MWh para o Lote 3 (PA); R$ 1.393,00/MWh para o Lote 4 (RO) e R$ 1.253,00/MWh para o Lote 5 (RR).

São cinco os lotes em disputa divididos por estados e que atenderão aos seguintes municípios:

Lote I – Acre –  Cruzeiro do Sul; Feijó; Tarauacá;

Lote II – Amazonas – Anamã; Anori; Caapiranga; Codajás; Novo Remanso;

Lote III – Pará – Anajás; Água Branca; Crepurizão; Faro; Gurupá; Jacareacanga; Muaná; Porto de Moz; São Sebastião da Boa Vista; Terra Santa;

Lote IV – Rondônia – Urucumacuã; Izidolândia

Lote V – Roraima – Uiramutã; Pacaraima; Amajarí

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, são cerca de 270 localidades que não estão ligadas ao SIN, seja por razões técnicas ou econômicas. A maior parte desses sistemas encontra-se na região Norte, havendo ainda 2 deles em Mato Grosso, além da Ilha de Fernando de Noronha.

Os sistemas isolados vão desde pequenas comunidades a até cidades maiores, como Boa Vista, em Roraima, que é a única capital brasileira ainda não interligada, mas que não está nesse certame, pois foi atendida pelo primeiro leilão dessa modalidade, realizado em 2019.

Dados da EPE indicam que entre as características nesses sistemas estão cerca de 760 mil consumidores cuja demanda representa 0,6% do total de 2019, mas que em termos de extensão territorial representa 40% do país. A maior parte, 96%, é atendida por geração a diesel. Os 4% restantes são divididos entre o gás natural, biomassa e hidrelétrica.