Em sua primeira convenção para detalhar novas metas de sustentabilidade ambiental, a Volkswagen afirmou que pretende tornar-se neutra em liberações de carbono até 2050, diminuindo num primeiro momento 40% das emissões por veículo na Europa até 2030, incluindo cadeia de produção, fornecimento e operação de carros elétricos e reciclagem sistemática das baterias de alta voltagem.

 O CEO da montadora, Ralf Brandstätter, explicou que a estratégia “ofensiva elétrica” foi apenas o começo e que a companhia está adotando um enfoque holístico para a descarbonização incluindo projetos eólicos e solares para abastecer suas operações.

“Somos os primeiros fabricantes de carros a apoiar a expansão das energias renováveis para uma escala industrial”, disse o executivo durante o Way To Zero, realizado em formato digital na última quinta-feira, 29 de abril, prevendo construções em muitas regiões da Europa até 2025 e afirmando ser possível reduzir as emissões praticamente à metade em comparação com a atual matriz elétrica europeia com esse fator-chave.

Os contratos para as primeiras plantas já foram assinados com a empresa energética RWE, que fará uma fotovoltaica de 420 mil módulos e capacidade de produzir 170 milhões de kW/h ao ano na Alemanha, sem nenhum subsídio estatal, sendo uma das maiores iniciativas do tipo no país.

O plano é que todos projetos reunidos possam gerar cerca de 7 TWh de eletricidade verde a mais até 2025. A companhia já oferece hoje aos seus clientes eletricidade verde para carga em domicílio, por meio da Volkswagen Naturstrom, e na estrada, através das estações de recarga Ionity.

Para descarbonizar tanto a produção como a cadeia de suprimento, o modelo é a produção das células de baterias para tecnologia ID.31 e ID.42, incluindo caixas de baterias e aros de rodas feitos de alumínio verde e pneus produzidos com baixas emissões. É o caso da fábrica de carros elétricos de Zwickau, exemplo que irá se estender a todas unidades da empresa no mundo exceto na China, inclusive as gigafábricas anunciadas em março.

Já a estratégia de mobilidade da fabricante visa eletrificar totalmente a nova frota, com a meta de 70% de todas os veículos vendidos na Europa sendo totalmente elétricos – mais de um milhão, o que supera as exigências do Acordo Verde da União Europeia. Na América do Norte e China, a participação do segmento nos negócios deverá ser de pelo menos 50%. Além disso, a ideia é lançar pelo menos um novo VE a cada ano, tendo apresentando o ID.4 GTX3 um dia antes da convenção.