Com R$ 136,5 milhões, o lucro líquido da Enel Distribuição São Paulo diminuiu 12% no primeiro trimestre desse ano em relação a 2020, quando atingiu R$ 155,2 milhões. A companhia apresentou seus resultados financeiros na noite da última sexta-feira, 30 de abril, reportando aumento de 14,7% na receita bruta, para R$ 6,6 bilhões, e de 9,9% no EBITDA, que chega a R$ 585,3 milhões, ambos influenciados pelo reajuste tarifário anual aplicado a partir de 4 de julho do ano passado, com efeito médio de 4,23%.
De acordo com a empresa, a queda no lucro decorre do aumento nas despesas financeiras, em função principalmente da elevação dos juros com a dívida previdenciária, fator também impactado negativamente pela forte alta do Índice Geral de Preços de Disponibilidade Interna (IGP-DI).
A dívida líquida, que soma cerca de R$ 4,3 bilhões, cresceu 50,3% sobretudo pela reclassificação de parte do compromisso do plano de pensão para dívida financeira, além de novas captações para capital de giro e realização dos investimentos dos últimos 12 meses.
No caso deste trimestre, a expansão nos aportes foi de 25,7%, chegando a R$ 253 milhões, em conformidade com a estratégia do grupo de reforçar a expansão, modernização e digitalização de sua rede elétrica.
A venda e transporte de energia registraram queda de 2,9%, refletindo os impactos da pandemia e a consequente deterioração na atividade econômica. Por sua vez as perdas de energia atingiram 10,87%, 1,1 ponto percentual acima do verificado no ano passado.
Já quanto aos indicadores de qualidade da distribuidora, o Índice regulatório de Duração de Interrupção (DEC) saiu de 5,69 para 7,64 horas, subindo 34,3%, enquanto o Índice regulatório de Frequência de Interrupção (FEC) passou de 3,21 para 3,92 vezes, decorrentes de condições climáticas desfavoráveis, marcada por fortes ventos e maiores quantidades de raios, bem como pelos impactos na operação oriundos da pandemia.