O lucro líquido da Enel Distribuição Rio mais do que dobrou nesse primeiro trimestre de 2021, chegando a R$ 45,4 milhões ante os R$ 21,8 milhões registrados no mesmo período do ano passado. A companhia apresentou seus resultados financeiros na noite da última sexta-feira, 30 de abril, mostrando aumento de 13,8% para uma receita bruta de R$ 2,8 bilhões, impactada pelo reajuste tarifário médio de 2,71% em março de 2020.
Segundo a empresa, o resultado em geral é explicado pelo impactos negativos do ano passado, com maiores custos não recorrentes devido a atualizações e provisões para contingências jurídicas, em razão de uma decisão em segunda instância que restitui o valor cobrado a maior das tarifas de energia na década de 1980, quando vigorava o congelamento de preços.
Além disso, a companhia registrou menores encargos de dívidas por conta da queda da taxa de juros, com a dívida líquida tendo incremento de 8,9% e atingindo R$ 4 bilhões, devido aos novos compromissos contratados para financiar investimentos e o capital de giro.
O EBITDA teve redução de 20,5% e admite R$ 167,5 milhões, fruto das maiores despesas operacionais, sobretudo em decorrência da pandemia, que impactaram as provisões para perda com inadimplência.
Já os investimentos totalizaram R$ 139 milhões, redução de 23,7% em função da diferente distribuição ao longo do ano na execução financeira dos projetos ligados à expansão, modernização e digitalização das redes de fornecimento. O volume de energia distribuída apresentou recuo de 8% em relação, somando 2.287 GWh, sobretudo pela contração da atividade econômica resultante do efeito Covid.
O Índice regulatório de Duração de Interrupção (DEC) e Índice regulatório de Frequência de Interrupção (FEC) registraram melhoras de 14,1% e 17,1%, atingindo 10,25 horas e 6,06 vezes, melhores níveis já registrados pela distribuidora.
Já as perdas de energia apresentaram aumento de 2,89 ponto porcentual para 24,84%, reflexo da postergação do faturamento de clientes livres em razão da resolução Aneel nº 863/19.