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A sobreoferta estrutural de que o Brasil dispõe quando comparado à demanda está na casa de 14%. Contudo, a pressão sobre o valor do PLD que por vezes tem alcançado valores elevados tem relação com o volume de afluências que têm sido registrado no país. Em abril, por exemplo, esse volume ficou em 63% da média de longo termo quando considerado todo o SIN, o mais baixo para o mês no histórico de 91 anos. E isso tem pressionado a disponibilidade da geração hidrelétrica.

De acordo com a consultoria PSR, apesar desse efeito, não há risco de desabastecimento no país em 2021. Mesmo com reservatórios no principal submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste em um nível classificado como baixo, na casa de 35%, o país dispõe de recursos para atender o consumo.

Essa avaliação corrobora o que afirmou na semana passada o diretor geral do Operador do Sistema Elétrico, Luiz Carlos Ciocchi, que o país consegue atender ao consumo neste ano sem risco de desabastecimento. A declaração foi dada durante o Agenda Setorial 2021.

Segundo o gerente de Projetos da PSR, Celso Dall’Orto, a volatilidade dos preços vem justamente da falta de afluências, as chuvas ficaram abaixo do esperado no período úmido. Mas, continuou, não necessariamente o Brasil terá problemas.

“A probabilidade é baixa”, definiu ele durante sua apresentação no primeiro dia do 11º Workshop PSR/ CanalEnergia realizado nesta segunda-feira, 03 de maio. “O motivo é que primeiro há a sobreoferta do sistema com a complementariedade das fontes, a ampliação do sistema de transmissão que ajuda nesse momento e o fato de que temos as renováveis não hídricas chegando a atender 25% da demanda. Além disso, há o parque térmico disponível que pode ser acionado por mérito ou GFOM, bem como a entrada de nova oferta prevista 5 GW em capacidade instalada neste ano”, citou ele.

Em paralelo, citou o executivo, a operação dependerá de como se comportará o volume de chuvas no período seco. No Sul, lembrou, não há uma sazonalidade bem definida o que pode ajudar o Sudeste. Mesmo assim, destacou que o uso de recursos com flexibilidade será importante e será necessário atenção para a operação do sistema.

Contudo, destacou que como o país contará com uma sobreoferta em 2022, a operação para o próximo ano deverá seguir nessa mesma situação a depender das chuvas do período úmido. Se esses volumes se aproximarem na média histórica, os reservatórios poderão ser recuperados.

Até porque há uma importante parcela de projetos de fontes renováveis – eólica e solar – predominando, bem como o avanço da geração distribuída e reforços na transmissão. São 18 GW até 2022 sendo 44% solar, 36% eólica, 11% em térmicas e 8% em biomassa.

A questão da hidrologia, destacou por sua vez o diretor executivo da PSR, Rafael Kelman, vem mostrando uma alteração principalmente nas últimas duas décadas. No Sudeste a vazão média recuou de 97% da MLT para 85% na média nos últimos cinco anos, no Nordeste a situação é mais crítica, passou de 67% para 47%. O SIN, na média passou de 95% da MLT considerando 20 anos para 79% nos últimos cinco anos.

Ainda em meio ao primeiro painel do Workshop PSR/CanalEnergia houve problemas técnicos que inviabilizaram a continuação do evento nesta segunda-feira, como programado.  Com isso, o CEO da PSR Luiz Barroso, tomou a iniciativa de interromper a realização do evento. Na próxima quarta-feira, 5 de maio, ocorrerá a repetição do primeiro dia com as apresentações sendo feitas na íntegra, novamente. E o segundo dia da programação que estava programado para esse mesmo dia será transferido para a semana seguinte em data a ser anunciada. O evento será realizado via plataforma Zoom e mais detalhes serão divulgados posteriormente para que os inscritos tenham acesso garantido.