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O cenário de baixa hidrologia que o país tem passado com o acionamento de térmicas fora da ordem de mérito pode elevar o encargo de segurança do sistema por segurança energética (ESS-SE) a R$ 20 bilhões este ano. A projeção é da PSR e foi apresentada durante o primeiro painel da 11ª edição do Worskshop PSR/CanalEnergia.

De acordo com o gerente de projetos da PSR, Celso Dall’Orto, esse valor pode variar de acordo com o nível de preços ao longo do período seco, que já está configurado no país. Essa estimativa de custos adicional tem como origem a geração térmica fora da ordem de mérito que vem sendo operacionalizada desde outubro do ano passado, seguindo orientações do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica apontam que somente em quatro meses esse valor já está acumulado em cerca de R$ 5,5 bilhões. “Geração térmica fora da ordem de mérito não é paga no preço da energia, não em sinal econômico, o ressarcimento se dá via ESS e se continuarmos assim esse montante pode chegar a R$ 20 bilhões”, afirmou ele.

Outro impacto que a GFOM traz é o deslocamento da geração hídrica, aumentando o GSF, o que acaba no final caindo na conta do consumidor de energia. Segundo ele, esse caminho possui uma saída, que seria por meio da melhoria na representação dos modelos computacionais onde deveriam ser colocadas as restrições operativas e de uso da água, entre outras. Tudo para deixar o cenário operativo mais detalhado.

O diretor técnico da PSR, Rafael Kelman, destacou que a redução das afluência é um fenômeno que tem sido verificado nos últimos anos, principalmente em um horizonte de tempo mais curto. A situação mais crítica no Nordeste, com 47% da média de longo tempo. No Sudeste o nível está em 85% ante um volume que na média de 20 anos era de 95%. No SIN, a média das vazões nos últimos cinco anos está em 79%.

Para ele, seria necessário adotar uma média em menor horizonte de tempo, adotando assim uma posição mais conservadora. Caso isso se mostre apenas um hiato para um ciclo natural e no futuro voltar ao “antigo normal” das vazões, muda-se novamente, mas avalia que a prudência nesse momento seria adotar vazões mais aderentes ao momento que vivemos.

Ainda em meio ao primeiro painel do Workshop PSR/CanalEnergia houve problemas técnicos que inviabilizaram a continuação do evento nesta segunda-feira, como programado. Com isso, o CEO da PSR Luiz Barroso, tomou a iniciativa de interromper a realização do evento. Na próxima quarta-feira, 5 de maio ocorrerá a repetição do primeiro dia com as apresentações sendo feitas na íntegra, novamente. E o segundo dia da programação que estava programado para esse mesmo dia será transferido para a semana seguinte em data a ser anunciada.

O evento será realizado via plataforma Zoom e mais detalhes serão divulgados posteriormente para que os inscritos tenham acesso garantido.

(Nota da redação: matéria alterada em 5 de maio de 2021 às 9h28 para correção de informação no meio do texto sobre o valor do ESS-SE)