Apesar dos bons resultados no primeiro trimestre de 2021, a Copel está preocupada com a escassez de água nos reservatórios. Por isso, está adotando uma estratégia de compra de energia no longo prazo para se proteger da volatilidade nos preços da energia.
Os reservatórios da região Sul do Brasil estão em situação um pouco mais favorável em relação ao ano passado, quando a estiagem causou um aumento do preço, mesmo assim o alerta de alta está preocupando os executivos.
Segundo o presidente da Copel GeT, Moacir Bertol, o plano visa compensar a exposição que a Copel pode ter meses de maior estiagem. “O que nós fizemos em relação às nossas estratégias de venda foi uma sazonalização para proteger o nosso risco, principalmente para um GSF baixo em janeiro e um PLD alto”.
Ativos renováveis
Mesmo com um contexto difícil, a Copel está otimista com os próximos meses do ano de 2021. Os executivos da empresa disseram que, para o futuro, a política de investimentos vai focar na rede de distribuição e renováveis de eólica e solar.
A Copel também está atenta também às futuras oportunidades de leilão em transmissão que serão realizadas pela Aneel este ano. Para o CEO da empresa, Daniel Slaviero, a disciplina na alocação de capital reflete os resultados.
“Nossa prioridade são investimentos na Copel distribuição (…) estamos executando um plano. Isso já está sendo refletido em nossa revisão tarifária”, disse Slaviero.
Na avaliação dos analistas da Ativa Investimentos, a empresa paranaense apresentou um resultado acima de expectativas. “Ainda que as quedas nos segmentos comercial e industrial sigam impedindo o avanço dos volumes perante o mercado cativo e por conseguinte, melhores resultados em distribuição, a evolução do mercado livre, a maior geração de energia térmica e os avanços tarifários em transmissão fizeram a companhia reportar receitas, resultado operacional, Ebitda de operações continuadas e lucro líquido superiores à nossas expectativas”.