Apesar do foco em renováveis demonstrados nos últimos anos, a Neoenergia ainda tem planos para o gás natural, por meio da sua usina Termopernambuco (PE – 533 MW). Em teleconferência com analistas de mercado realizada nesta sexta-feira, 07 de maio, o CEO da empresa, Mario Ruiz-Tagle, revelou que a Neoenergia planeja a possibilidade de prorrogar a operação da usina, cujos contratos vencem nos próximos. Leilões de reserva de capacidade ou de demanda estão nos planos. “A Termopernambuco é uma usina de excelente performance operacional e custo muito eficiente de produção”.
Há ainda a chance de desenvolver algum tipo de parceria para um projeto adicional – Termopernambuco 2, no mesmo local – em que a Neoenergia seria a operadora da planta. Ruiz-Tagle, também não descartou que caso apareça uma boa oferta a usina possa ser vendida. “O objetivo é prorrogá-la nos próximos anos para manter o negócio no nível atual”, avisa.
O executivo descartou a entrada em setores como água e saneamento e se mostrou animado com os resultados já experimentados no pouco tempo em que a empresa está no comando da Neoenergia Distribuição Brasília (antiga CEB). Durante a teleconferência, Ruiz-Tagle contou que em menos de um mês, já foram feitas mil regularizações de perdas, R$ 4 milhões em receitas e já foi recuperada 50% da energia recuperada em 2020. As mais de duas mil negociações superam em sete vezes a média de janeiro e fevereiro. Também já foi fechado com o sindicato um acordo coletivo pelos próximos dois anos.